O governo federal anulou o leilão que foi realizado na última semana para a compra de 263 mil toneladas de arroz. A informação foi revelada em entrevista coletiva pelo presidente da Conab, Edegar Pretto.

De acordo com ele, isso aconteceu por conta dos questionamentos sobre a capacidade da empresa vencedora em vender todo o cereal. A situação só teria sido descoberta pelo governo federal após o leilão, por isso a decisão foi pela anulação.

O intermediário da negociação, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, pediu demissão após a polêmica.

A pasta agora diz que irá revisitar caminhos para fazer novo leilão em outros moldes e, assim, ter a garantia de contratar empresas com capacidade técnica e financeira.

Leilão chegou a ser suspenso por preços altos do Mercosul

O arremate do arroz importado ocorreu após um leilão ser suspenso por causa dos altos preços oferecidos por países do Mercosul. O governo anunciou, então, nova data, e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e partidos de oposição, como o Novo, reagiram e procuraram a Justiça.

O governo diz que o leilão é uma forma de garantir o produto aos consumidores e em uma coletiva de imprensa, durante a tarde desta quinta, o presidente da Conab, Edgar Pretto, chegou a falar em politização da compra da importação do arroz.