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Jan/13 |
Reclamação de uma aluna contra a FAAHF |
"Só o amor é Real" novo lema da Faculdade particular FAAHF de Luís Eduardo Magalhães –BA.
Meu nome é Monique Pizatto Garcia, tenho 22 anos e gostaria que todos lessem o meu relato, para que este sirva de alerta aos demais cidadãos.
Algumas instituições de ensino, tais como a FAAHF usam lemas "amorosos" para atrair seus "clientes", só que na pratica o lema tem outro sentido! No caso da FAAHF, que se vangloria do lema "Só o amor é Real", o “Real” mencionado não parece se referir a realidade de seus alunos, mas ao nome da moeda do nosso país (R$), que é o único valor que eles estimam.
Eu moro em Luís Eduardo Magalhães a 4 anos, e a 4 anos sou aluna da Faculdade FAAHF, na qual faço o curso de Agronomia. Por 3 anos e meio paguei em dia minhas mensalidades, que não são baratas e custam em torno de R$ 800,00 por mês.
No segundo semestre de 2012 eu passei por algumas dificuldades financeiras, em razão de problemas de saúde com familiares e também pela seca que atingiu nossa região, já que minha renda é ligada diretamente a agricultura, e esta foi bastante afetada com tal situação.
No dia 16 de janeiro de 2013, eu confesso aos leitores que estava com R$ 500,00 na minha conta, e tinha que me matricular no curso de férias que começava ontem também.
Após inúmeras tentativas de levantar o dinheiro para quitar minha inadimplência na faculdade referente as parcelas do segundo semestre de 2012; sem sucesso, me dirigi ao departamento financeiro daquela instituição para tentar negociar o meu debito e dar continuidade a graduação de agronomia.
Chegando lá, sentei-me a frente da secretária, e ao meu lado estava meu irmão que havia ido comigo. A secretária prontamente pegou o bloco de recibo e começou a preenchê-lo com o valor do curso de ferias que era aproximadamente R$450,00 (quatrocentos e cinquenta reais).
Logo após ela começar a preencher o recibo, ela foi interrompida pela Secretaria Edilamar, que adentrou na sala, e em voz alta disse a ela e para todos que lá se encontravam: “- Pára, pára, pára, ela não fez a matricula deste ano, não pode se inscrever no curso!”
Nesse momento, empregados da FAAHF e outros “clientes” da faculdade, que estavam dentro da sala do financeiro pararam o que estavam fazendo e olharam pra mim. Vocês têm ideia do meu constrangimento? Eu me senti o pior dos seres naquele momento. Me senti humilhada e constrangida! Mas engoli aquilo a seco, e com educação perguntei se havia outra maneira de acertarmos. Propus-me inclusive a assinar uma nota promissória com juros, para ser paga no prazo de 07 dias, pois tudo que eu queria era assistir as aulas que começavam neste dia, e dar continuidade ao curso do qual dependo de sua conclusão par dar sequência aos negócios da minha família, e ao meu futuro como profissional. No entanto, a resposta que ganhei da Sra. Edilamar, foi "não, não tem jeito"!
Destruída e muito desapontada com a posição desta instituição de ensino, liguei pra Diretora da Faculdade, no escritório dela em Brasília, que não me atendeu e não me retornou a ligação.
Meu irmão ligou então para Dra. Daniela, Coordenadora do Curso de Agronomia, e por ela, foi informado que por conta do novo sistema da Faculdade eu não poderia assistir as aulas sem fazer matricula, e a matricula só podia ser feita mediante o pagamento do debito. Isso já eram quase 18 horas, e minha aula começava as 19:00.
Sem ter saída tive que me submeter a um empréstimo, com juros no mínimo 6 vezes mais altos do que os de um banco, para assim poder ter acesso ao curso de férias. Retornei as 19h00 pra faculdade, paguei todos os débitos e ainda adiantei duas parcelas, e só aí voltei a ser o cliente ideal!
O lema “O amor aqui é R$” começou a fazer sentido pra mim, e até os tratamentos dentro da FAAHF mudaram.
Diante de toda esta narração eu lhes pergunto: Será que o sistema é assim mesmo? Será que é esta a postura de uma instituição tida com “educadora”? Será que pra eu me formar e fazer mais pela minha região no futuro, eu sou obrigada a ser humilhada como foi ontem? Será possível que a FAAHF visa mais lucros ou passar conhecimentos aos seus alunos? Todas estas respostas destas perguntas eu já tive ontem.
É decepcionante ser submetida a uma situação humilhante e vexatória por uma instituição de ensino, na qual a maior preocupação deveria ser com a formação dos seus alunos, mas o que se pratica é uma mera captação de lucros, onde se usa das necessidades pedagógicas dos alunos como penalidade e forma de correção.
O contrato da instituição já visa juros e multa para alunos que atrasam a mensalidade, é absurdo usar da expectativa, do anseio, da necessidade da formação deste futuro profissional, como forma de compelir este a suportar todos os encargos financeiros da instituição, e o pior, sem qualquer flexibilização de tempo ou modo.
Mas como está estampando em seu lema, o que realmente importa é que “AMOR AQUI É R$”.
Lamento demais, que o grande homem que chamado Sr. Arnaldo Horacio Ferreira não esteja mais aqui para nos defender e defender o que certas pessoas estão fazendo com o nome dele.
Monique Pizatto
Estudante do 9º período de Agronomia FAAHF