Produzido com incentivo da Prefeitura de Barreiras, por meio da Secretaria de Cultura e da Lei Paulo Gustavo, curta sobre as bandolinistas da cidade integra mostra de cinema brasileiro LGBTQIAP+ em San Francisco (EUA)

A cultura barreirense segue ganhando reconhecimento dentro e fora do Brasil. Neste sábado (2), o curta-metragem “Choro no Céu – As mulheres dos acordes dos bandolins”, produzido integralmente em Barreiras (BA), será exibido em San Francisco, nos Estados Unidos, como parte da programação da primeira edição do Cinema Jambu – A Brazilian Queer Film Festival. A mostra reúne vídeo-performances de artistas LGBTQIAP+ brasileiros, com obras inéditas no circuito norte-americano.

O filme conta com incentivo da Lei Paulo Gustavo, financiada pelo Ministério da Cultura e pela Prefeitura de Barreiras, por meio da Secretaria Municipal de Cultura. Com direção sensível e roteiro delicado, o documentário resgata a trajetória do grupo Acordes dos Bandolins, formado pelas musicistas Iazinha Pamplona, Jadyr Pamplona, Vandete Coité, Conceição Silva e Santita Jacobina. Atuante nas décadas de 1980 e 1990, o grupo contribuiu de forma decisiva para consolidar o gênero choro e ampliar o protagonismo feminino na cena musical da cidade.

“Ao contar a história dessas mulheres que marcaram gerações, o curta também inspira novas formas de expressão artística e de memória. É um filme que fala sobre música, mas, acima de tudo, sobre identidade, resistência e pertencimento. Fiquei muito feliz e honrada de poder levar legado dessas mulheres para outro país”, afirma a produtora do curta, Carol Pamplona Barbosa.

O secretário municipal de Cultura, Gula, celebrou mais essa conquista e destacou a força da produção cultural local. “Barreiras está vivendo um momento ímpar da sua história cultural. Estamos colhendo os frutos dos investimentos realizados com a Lei Paulo Gustavo, que permitiu financiar dezenas de projetos criativos e profundamente conectados à nossa identidade. Ver um filme nascido aqui, que fala da nossa gente e da nossa música, ganhar o mundo, é motivo de orgulho e reafirma o potencial dos artistas da nossa terra”, disse.

A Secretaria de Cultura tem investido fortemente na valorização da arte local por meio dos recursos da Lei Paulo Gustavo. Em 2023 e 2024, diversos projetos foram contemplados em Barreiras, como espetáculos de teatro, shows, gravações de álbuns, vídeos, oficinas e produções audiovisuais. Um exemplo recente foi a estreia, em agosto de 2024, do documentário “O Tropicalismo tem um pé em Barreiras”, que emocionou o público ao retratar a vida e a obra do compositor Alcyvando Luz — o único barreirense gravado por nomes como João Gilberto, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Fafá de Belém e Zizi Possi.

“A exibição de “Choro no Céu” nos Estados Unidos é mais uma prova de que a cultura de Barreiras rompe fronteiras e continua a encantar plateias diversas com histórias genuínas e profundamente humanas”, finaliza Gula.