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Ago/25 |
Defesa de Bolsonaro chama relatório da PF de peça política repleta de ‘disse-me-disse’ |
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou na noite desta sexta-feira (22) as explicações sobre a suposta tentativa de fuga para a Argentina, apontada em relatório da Polícia Federal (PF).
Os advogados do político apontam que o relatório “causa espanto” e que a medida “encaixa-se como uma peça política, com o objetivo de desmoralizar o ex-presidente”.
A manifestação ocorre após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que deu prazo de 48 horas para que os advogados esclarecessem:
Depois de receber a manifestação da defesa, Moraes deve encaminhar os autos à Procuradoria Geral da República (PGR), que terá o mesmo prazo de 48 horas para se pronunciar.
A defesa de Bolsonaro negou que a presença de um rascunho de pedido de asilo político na Argentina, encontrado em seu telefone, representasse uma tentativa ou intenção de fuga do Brasil.
Na quarta-feira (20), a PF indiciou o ex-presidente e o filho dele, deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por suposta obstrução da ação penal relacionada à suposto plano de golpe de Estado.
No relatório, foram vazadas mensagens e áudios. Outro alvo da PF foi o pastor Silas Malafaia. O líder religioso não foi indiciado, mas teve o celular e o passaporte apreendidos.
Sobre o vazamento das conversas, a defesa do político destacou:
“Parece incrível, mas boa parte do relatório dedica-se a um disse-me-disse sem qualquer relevância para a investigação. Transcreve e replica diálogos que não têm a menor relação com fatos em apuração, afinal não parece ter relevância para a inestigação o fato de o presidente pretender apoiar o governador Tarcísio ou um de seus filhos como candidato à Presidência da República”.