O Brasil foi tomado esta semana por uma nova explosão de memes.
Com o dólar passando dos seis reais, os brasileiros usaram as ferramentas de inteligência artificial e os softwares de tratamento de imagem para ridicularizar a incompetência do governo Lula em apresentar um ajuste fiscal crível.
O Brasil foi tomado esta semana por uma nova explosão de memes.
Com o dólar passando dos seis reais, os brasileiros usaram as ferramentas de inteligência artificial e os softwares de tratamento de imagem para ridicularizar a incompetência do governo Lula em apresentar um ajuste fiscal crível.
Teve meme com vários políticos vestindo a camiseta da seleção brasileira, comemorando o hexacampeonato, com uma nota de dólar e o número seis (foto).
Outro trazia uma nota de real depressiva, reclamando da sua desvalorização.
A tiração de sarro ocorre cinco meses depois de o Brasil ser por soterrado por uma avalanche de memes satirizando o ministro da Fazenda Fernando Haddad, que foi apelidado de Taxadd.
As razões que impulsionam os memes agora são muito parecidas com as que provocaram o fenômeno Taxadd, em julho.
Motivos
Os memes são, em primeiro lugar, uma maneira divertida que ajuda as pessoas a lidar com uma realidade cruel ou indigesta.
Essas cenas, assim, têm a mesma função que as piadas na época da União Soviética: ajudam o povo a desopilar, desestressar.
Além disso, são uma forma de desafiar as autoridades e aqueles que reproduzem os seus discursos bovinamente.
Prazer
O deleite de produzir memes fica ainda maior quando as autoridades se mostram incomodadas.
Isso ocorreu em julho com o Taxadd.
Naquela época, a presidente do PT Gleisi Hoffmann disse nas redes que “o que estão compartilhando sobre Fernando Haddad não é meme, é desinformação“.
O advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que os autores do meme seriam “os mais ricos“.
E jornalistas próximos do governo Lula pediram que os memes fossem censurados. “É preciso regulamentar isso, porque acaba virando uma operação para desmoralizar uma pessoa“, disse um deles.
Mesma história
Desta vez, o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Secom, Paulo Pimenta, publicou mensagens nas redes dizendo que uma “indústria das fake news” estaria “trabalhando contra o Brasil” e “para a alta do dólar“.
Pimenta então fala de especuladores que estariam fazendo publicações falsas nas redes sociais, especialmente um perfil do X.
“O perfil de fake news foi apagado, mas os criminosos serão encontrados e responsabilizados“, disse Pimenta. “A internet nã é terra sem lei e quem comete crimes contra o Brasil não ficará impune!“
Mais uma vez, alguns jornalistas abraçaram os argumentos do governo.
A tal conta no X, contudo, tinha apenas 3,5 mil seguidores.
Impossível que algo assim fosse capaz de elevar o dólar.
O dólar sobe porque o governo não conseguiu convencer ninguém com sua proposta de ajuste fiscal.
Enquanto houver algum resquício de liberdade de expressão nas redes sociais…