Nesta terça-feira (25), o Centro de Atendimento à Mulher (CAM) realizou uma atualização sobre o fluxograma para a vinculação ao pré-natal de alto risco O evento ocorreu no auditório da Uninassau-Barreiras e foi direcionado a enfermeiros e médicos da Atenção Primária à Saúde (APS). A capacitação contou com a participação da subsecretária de Saúde, Érica Lacerda, do coordenador da Atenção Primária, Ari Donizeti, da enfermeira Layanne Vila Verde e do médico Peres Barreto, especialistas na área obstétrica.

Durante a palestra, foram abordados diversos temas cruciais para a atenção à saúde da gestante, como os fatores de risco que indicam a necessidade de encaminhamento para urgência e emergência obstétrica. O objetivo é capacitar os profissionais para identificar precocemente situações que possam comprometer a saúde da mãe e do bebê, garantindo uma gestão segura e a redução da mortalidade materna e fetal.

Um dos pontos enfatizados pela coordenadora do CAM, Emanuela Oliveira, foi a sífilis congênita, doença que ainda apresenta índices preocupantes no Brasil. Conforme destacado, a sífilis congênita ocorre quando a doença é transmitida da mãe para o bebê durante a gestação ou no parto. “A gente está lidando com vidas e infelizmente, ainda temos indicadores ruins, como a mortalidade materna e fetal, e doenças que já poderiam ter sido erradicadas. Quando um bebê nasce com a doença, sabemos que algo falhou no pré-natal, ele poderia ter nascido sem ela, caso houvesse um acompanhamento adequado”, alertou a coordenadora.

A subsecretária de Saúde também reforçou a importância de eventos como esse para fortalecer os diferentes níveis de atenção à saúde da mulher. “Hoje tivemos um dia de discussão sobre o fluxograma de vinculação ao pré-natal de alto risco, trazendo informações essenciais para reduzir a mortalidade materna e fetal. É fundamental fortalecer a atenção primária, pois é a porta de entrada do paciente, e garantir que o conhecimento seja repassado para os diferentes níveis de assistência”, afirmou Érica Lacerda.

O evento também serviu como um espaço de diálogo entre profissionais, permitindo o esclarecimento de dúvidas e o alinhamento de estratégias para melhorar o atendimento às gestantes no município. Para este ano, está prevista uma nova etapa de atualização, que incluirá médicos, enfermeiros, estudantes de medicina e profissionais do Hospital do Oeste (HO), uma das referências para o pré-natal de alto risco na região.