20
Mar/25 |
Impopularidade deixa Lula como barata tonta |
Lula nunca foi pródigo por muitas características: sinceridade, honestidade intelectual, zelo no trato da coisa pública, coerência… Claro que não só, até porque, suas condenações penais por corrupção e lavagem de dinheiro, posteriormente anuladas por casuísmos jurídicos, sem jamais inocentá-lo no mérito, o retratam como um todo. Mas, dentre tantas e tamanhas faltas de qualidade, talvez uma, a incoerência, seja a mais – ou das mais – marcantes.
No início do seu segundo mandato, lá pelos idos de 2007, confrontado por suas posições antagônicas, a sedizente “alma mais honesta desse país” declarou: “Eu não tenho vergonha e muito menos tenho razão para não dizer que eu mudo de posição e há muito tempo eu digo que prefiro ser considerado uma metamorfose ambulante, ou seja, mudando à medida que as coisas mudam”. À época, a tentativa medíocre de versão de Raul Seixas defendia a volta da CPMF – imposto sobre movimentações financeiras que, até então, sempre havia combatido.
No início do seu segundo mandato, lá pelos idos de 2007, confrontado por suas posições antagônicas, a sedizente “alma mais honesta desse país” declarou: “Eu não tenho vergonha e muito menos tenho razão para não dizer que eu mudo de posição e há muito tempo eu digo que prefiro ser considerado uma metamorfose ambulante, ou seja, mudando à medida que as coisas mudam”. À época, a tentativa medíocre de versão de Raul Seixas defendia a volta da CPMF – imposto sobre movimentações financeiras que, até então, sempre havia combatido.
Lula é daqueles que, em público, demoniza banqueiros e grandes empresários, mas, no privado, farta-se em suas companhias de jantares regados a Romanée-Conti, carnes de caça e charutos cubanos. Igualmente, o pai do Ronaldinho dos Negócios, presidente da República pela terceira vez, invoca a imagem de homem simples, do povo, enquanto dorme em palácios e hotéis estrelados, sobre colchões tamanho king size, envoltos em lençóis egípcios de 1.200 fios. Obviamente, com o dinheiro dos pobres que jura defender.
Recentemente, atordoado pelos sucessivos jabs (diretos no queixo), desferidos pelas pesquisas de opinião, o chefão petista perdeu completamente o prumo e vem comportando-se – em palanques eleitorais disfarçados de eventos públicos – como verdadeira barata tonta. Entre distribuição de dentaduras e fraldas geriátricas; incremento do crédito e aumento de verbas de programas sociais e outras medidas eleitoreiras, Lula tem apelado à toda sorte de impropérios.
Já chamou o ex-presidente Jair Bolsonaro de “covardão”; atacou diversas vezes o ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto; culpou os empresários pelos preços altos dos alimentos; acusou o mercado financeiro de especular contra o Brasil e até para um ladrão imaginário sobrou uma de suas falácias: “Alguém está sacaneando as galinhas. Nós queremos encontrar quem é o pilantra que aumentou o ovo tanto… um ladrão que passou a mão no direito de comer ovo do povo brasileiro.”
O diabo, para ele, claro, é que, quanto mais fala, mais cresce sua desaprovação. Até porque, as incoerências são tantas e tão grotescas, que a falsidade das palavras salta aos olhos. Atacando Jair Bolsonaro mais uma vez, Lula bradou: “Ele só sabia mentir na televisão, só sabia destilar ódio. Eram 11 mentiras por dia e ofender as pessoas. E mentindo ainda que era religioso, porque quando a gente é religioso de verdade, não usa o nome de Deus em vão. A gente só usa quando é necessário”. Mas o mesmo Lula, todos sabemos, é useiro e vezeiro em recorrer a Deus: “Então eu resolvi investir em educação e, com a graça de Deus, com o milagre da fé, eu sou o presidente que mais fiz universidades nesse país, que mais fiz escolas técnicas nesse país.”
Ontem, quarta-feira, 19, no Ceará, em mais um ato político, acreditem ou não os amigos leitores, até mesmo contra ladrões de celular a “biruta de aeroporto” vociferou: “A gente não vai permitir que os bandidos tomem conta do nosso país. A gente não vai permitir que a república de ladrão de celular comece a assustar as pessoas na rua desse país“. Ora, ora, ora… O mesmo Lula que, em outras oportunidades, se manifestou de forma totalmente contrária, conforme mostrou O Antagonista:
"É uma coisa que está intimamente ligada. Ou seja, o cidadão teve acesso a um bem material, a uma casinha, a um emprego, e de repente o cara perde tudo. Então, vira uma indústria de roubar celular. Para que ele rouba celular? Para vender, para ganhar um dinheirinho. Eu penso que essa violência que está em Pernambuco é causada pela desesperança”. E também: “Um jovem que está trabalhando, que recebe um salário e pode comprar um celular bonito como este teu, ele não tem por que assaltar uma pessoa para roubar um celular.”