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Mar/25

PM acusado de matar pastor evangélico durante ação policial em Porto Seguro é condenado a 12 anos de prisão

Alisson dos Santos Rocha era conhecido em Ilhéus pelos trabalhos sociais que realizava na comunidade

O policial militar acusado de matar o pastor evangélico Alisson dos Santos Rocha, de 30 anos, durante uma ação policial, na cidade de Ilhéus, no sul da Bahia, foi condenado a 12 anos de prisão na quinta-feira (27).

Ricardo Santos Ribeiro passou por Júri Popular, que começou às 8h e terminou por volta das 19h30, mais de 11h depois. A decisão cabe recurso.

Como efeito automático da condenação, foi decretada a perda do cargo. No entanto, o policial só poderá ser preso após o trânsito em julgado, isto é, depois de esgotados todos os recursos.

Relembre o caso

O caso aconteceu em junho de 2022, no bairro de Nossa Senhora da Vitória. Testemunhas disseram que viaturas e uma aeronave da Polícia Militar (PM) estiveram no local próximo à igreja que a vítima frequentava. Na época, a corporação negou que os tiros tivessem sido disparados por agentes no helicóptero.

De acordo com os moradores, Alisson fazia um trabalho evangelístico na região no momento em que começaram os disparos. As pessoas correram e se esconderam atrás de um muro, mas ele foi atingido por dois tiros no pescoço.

A PM informou que equipes da 69ª CIPM faziam na localidade conhecida como Tangerina, quando um grupo de homens armados viram os policiais e efetuaram disparos de armas de fogo. Houve um revide e os suspeitos fugiram. Em seguida, a corporação disse que foi acionada por moradores informando que um homem havia sido atingido por tiro na Rua da Matriz, no mesmo bairro.

Ainda conforme a corporação, outra equipe chegou ao local e encontrou a vítima amparada por moradores, que disseram que ele havia sido atingido durante a troca de tiros.

A polícia disse que socorreu o homem e o encaminhou aos cuidados de socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas a vítima não resistiu aos ferimentos.

A ocorrência foi registrada na 7ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin).

Protesto de moradores

Por causa da morte de Alisson, moradores fizeram um protesto e bloquearam um trecho da rodovia Ilhéus-Buerarema, na altura que corta o bairro Nossa Senhora da Vitória, em frente à sede de um módulo policial. Bombas chegaram a ser estouradas, mas não houve registro de feridos.

Além de líder evangélico, Alisson também trabalhava como pintor e fazia trabalhos sociais na comunidade onde a igreja fica situada.

O corpo dele foi velado na Igreja Batista Sinai e sepultado no Cemitério do Couto, na zona rural de Ilhéus.

O Grupamento Aéreo (Graer) da Polícia Militar disse que uma investigação foi iniciada para saber a origem do tiro que atingiu o religioso. O resultado não foi divulgado.

Fonte:G1
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