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Out/24 |
Oeste da Bahia: Equipe do Programa Fitossanitário da Abapa participa de encontro sobre o Diagnóstico do Estoque de Carbono em Solos |
A equipe técnica do Programa Fitossanitário da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) participou, na terça-feira (01), de um encontro com pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), dando continuidade ao projeto “Diagnóstico do Estoque de Carbono em Solos do Cerrado da Bahia, sob Sistemas de Produção de Algodão e Grãos”, iniciado em março deste ano.
Durante a reunião, foram apresentados os resultados da primeira fase de coleta de dados, realizada no início da safra anterior, além de um treinamento para a equipe sobre os procedimentos de coleta de solos e a determinação do estoque de carbono nas propriedades agrícolas. Também foram discutidos os desafios encontrados na primeira fase e as melhorias para otimizar o processo nas próximas coletas.
“A equipe do Programa Fitossanitário precisa se atualizar para dar continuidade às coletas de solo. Até o momento, foram coletadas 1.680 amostras em 28 talhões de oito propriedades, nos núcleos de Rio de Pedras, Ouro Verde, Estrondo, Nova América, Roda Velha de Baixo, Estrada do Café, Anel da Soja, Alto Horizonte, Rio Grande, Rosário, Correntina e Jaborandi, no âmbito do projeto Diagnóstico de Carbono”, explicou Antônio Carlos Araújo, coordenador do Programa Fitossanitário da Abapa.
O projeto busca fornecer dados essenciais para entender o impacto das práticas agrícolas no sequestro de carbono, além de promover técnicas que aumentem a produtividade agrícola sem comprometer os recursos naturais. A análise do estoque de carbono abrange solos com até 45 cm de profundidade. “O objetivo é realizar um diagnóstico abrangente da região para avaliar os sistemas de produção de algodão que favoreçam o acúmulo de carbono no solo. As amostras coletadas na safra passada estão sendo enviadas para análise, e esperamos ter os primeiros resultados no final deste ano ou no início do próximo”, destacou João Henrique Zonta, pesquisador da Embrapa.
Com duração total de três anos, o projeto teve início em março de 2024 e está previsto para ser concluído em março de 2027. Para a segunda fase, que começará em novembro, novas fazendas foram selecionadas, priorizando aquelas que adotam sistemas conservacionistas de produção de algodão.
“Nesta fase, vamos coletar dados de propriedades que utilizam práticas mais sustentáveis, comprovando que é possível produzir algodão e, ao mesmo tempo, acumular carbono no solo. A coleta ocorrerá entre novembro e junho, abrangendo também áreas irrigadas que permitem uma extensão maior do período de coleta. A expectativa é concluir esta etapa até julho de 2025 e enviar as amostras para análise, considerando tanto o carbono no solo quanto a densidade, que define o estoque de carbono”, finalizou Zonta.