A história que será descrita nesta minha primeira matéria, irá expor de forma clara e objetiva como a concorrência e gratidão são salutares no processo de crescimento e amadurecimento dos gestores que a partir desta edição do Jornal Classe A passarão a acompanhar um pouco dos editoriais que venho escrevendo ao longo dos meus quase15 anos de profissão.

O Japão é um país conhecido como a terra do sol nascente por inúmeras particularidades, uma delas é o grande número de ilhas que compõe esta nação maravilhosa e admirada em todos os cantos do mundo.

Em uma ilha de um dos mais importantes arquipélagos japoneses, uma senhora tinha um pequeno restaurante, que como toda boa organização moderna, tinha inúmeros problemas a serem solucionados, que foram mais agravados em decorrência de uma grave crise que assolou o país do sol nascente.

O mais interessante é que a senhora em questão tinha um hábito muito peculiar, vivia reclamando e queixava-se de tudo e de todos, naturalmente atribuindo o seu fracasso ao governo que segundo ela tributava em excesso, aos clientes que não mais estavam dispostos a gastar parte de seus salários em seu estabelecimento e com isso as dívidas foram se avolumando e se tornando quase que “impagáveis” ao longo do tempo.

Como se não bastasse, um restaurante pertencente a uma grande rede, resolveu instalar uma unidade naquela ilha, meu Deus, seria a derrocada do pequeno e charmoso restaurante?

Caro leitor, você como gestor moderno, obviamente deve ter percebido que no case em questão existe a latente necessidade de implantarmos um choque de gestão, e foi exatamente o que fez a nossa gestora, que chamou um “guru”, qualquer semelhança com os consultores de hoje em dia, não será vista como uma mera coincidência, e o nobre guru após desenvolver o processo de observação, disse-lhe o seguinte: Seu restaurante tem solução! E ela, após um longo sorriso, disse-lhe: Então, por favor, diga-me como poderei salvar o meu humilde estabelecimento? Ele, então valendo-se do seu mais alto grau de sapiência, apressou-se em responder...

A partir de hoje, a senhora agradecerá pelo menos mil vezes, o grande restaurante que implantou uma unidade em sua ilha, mais precisamente em sua rua; A mulher revoltada, afirmou: Jamais, como posso agradecer ao meu algoz, como posso agradecer quem está me levando ao mais profundo e sombrio dos buracos?

Mas como guru é guru, ela começou agradecer diariamente ao seu concorrente. De vez em quando o agradecimento virava xingamento, afinal de contas muito obrigado e desgraçado tem a mesma terminação, agora além de fazer o que foi pedido pelo seu guru, ela passou a observar as práticas de mercado do concorrente, implantou inúmeras ferramentas de qualidade em seu processo produtivo básico, passou a treinar os seus colaboradores, e passou a agradecer a cada cliente que ao entrar e ao sair do estabelecimento, e não e que o nosso valoroso guru estava certo, a nossa gestora não só conseguiu tirar o seu restaurante da quase falência, como possibilitou ao seu negócio uma duradoura linha de ascendência, e a cada ano novas redes passaram a montar novos restaurantes, transformando-a na ilha japonesa que tem os melhores restaurantes.

Costumo dizer em minhas palestras e consultorias Brasil a fora, que todo negócio só é pequeno quando a mente dos gestores perde o que eu chamo de “corrente de positividade”., portanto acredite!

Professor Sena, é palestrante e consultor, natural de Manaus-AM, há quatro anos radicou-se em Luís Eduardo Magalhães
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