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Mar/25 |
Policial civil da Bahia é convidado pelo governo do México para coordenar curso de operações especiais |
O investigador da Polícia Civil da Bahia (PCBA), Douglas Pithon, lotado na Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core), foi convidado pelo governo mexicano para coordenar um curso de operações em ambientes de alta complexidade. A capacitação é destinada a forças especiais do país, incluindo unidades que atuam no combate aos cartéis.
A trajetória do policial na troca de conhecimentos com forças de segurança do México começou em agosto de 2024, quando participou do Encontro Mundial de Forças Especiais de Segurança Pública, na cidade de Juárez, região marcada pelo confronto entre os cartéis de Sinaloa e Juárez. Após uma palestra de duas horas, sua experiência chamou atenção, levando à demanda por dois dias inteiros de instrução sobre operações urbanas e entradas táticas em ambientes confinados. Como reconhecimento, ele recebeu uma nomeação honorária como policial do Estado do México.
Em janeiro deste ano, o convite oficial para coordenar o curso veio da Secretaria de Defesa e Segurança do México e foi aprovado pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).
Honra e responsabilidade
Com mais de 20 anos de experiência, Douglas Pithon acumula treinamentos em países como Estados Unidos, Israel, Espanha e França. Para ele, a missão representa não apenas um reconhecimento individual, mas coletivo: "Me sinto extremamente honrado, porque o caminho até aqui foi de muito suor, sangue e sacrifício. O reconhecimento não é só meu, mas de toda a polícia, especialmente da Core, unidade que faço parte com muito orgulho", revelou em entrevista ao BNEWS.
Representar a Polícia Civil da Bahia em uma capacitação internacional é, segundo ele, uma grande responsabilidade. "Nossa instituição é formada por homens e mulheres de muito valor. Sou apenas mais um nessa grande família. Poder representar aqueles que me antecederam e tantos profissionais de relevância gigantesca é indescritível", acrescentou.
Aplicação prática
A capacitação terá duração de duas semanas e abordará técnicas de operações urbanas de alta complexidade, incluindo exercícios de tiro não ortodoxos e finalização com uma operação real.
“Vamos trabalhar as técnicas utilizadas nas operações de alta complexidade, especificamente em ambientes urbanos. Faremos inúmeros exercícios de tiro não ortodoxos e finalizaremos com uma operação real, isso é um resumo, mas será um curso muito intenso, mesmo porque será para homens de operações especiais experimentados na guerra”, disse.
As habilidades ensinadas não se limitam a cenários de guerra. Princípios como segurança policial, controle de armamento, suporte mútuo e comunicação ativa podem ser aplicados em diversas situações, aumentando a eficiência das forças de segurança.