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Jun/20 |
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Primeiro turno está marcado para o dia 4 de outubro
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), marcou para a próxima terça-feira (23) a votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 18/2020, que trata do adiamento das eleições municipais, previstas para outubro deste ano, devido à pandemia do novo coronavírus.
O Congresso Nacional começou a discutir o tema nas últimas semanas, considerando a resiliência do novo coronavírus, causador da covid-19. Especialistas da área médica ouvidos pelos senadores estimam um achatamento da curva de contaminação apenas no mês de setembro.
O primeiro turno das eleições está marcado para 4 de outubro. Congressistas mostram preocupação não apenas com a data da ida da população às urnas, mas com todo o calendário eleitoral. Isso compreende a realização das convenções partidárias e a própria campanha em si.
É nesse momento que os candidatos precisam ter contato com os eleitores, conversando nas ruas e ouvindo as demandas da população. Nesse contexto, a participação dos candidatos que têm mais de 60 anos é um dos pontos que mais preocupam, já que os idosos são os mais vulneráveis à covid-19.
A proposta
A PEC 18 é de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e a ela foram apensadas outras propostas com teor semelhante. A PEC do senador da Rede encabeçará o processo por ter sido a primeira a obter as 27 assinaturas necessárias para apresentação de uma proposta de emenda à Constituição.
O relator da PEC, Weverton Rocha, tem ouvido médicos, infectologistas e ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para construir seu relatório. Na última quarta-feira (17), foi realizada uma sessão inteiramente dedicada à discussão do tema, para que o relator pudesse ouvir as opiniões de seus pares. Nova sessão de debates ocorrerá na próxima segunda-feira (22) e contará, inclusive, com a participação do presidente do TSE, Luís Roberto Barroso.
A PEC de Randolfe prevê o dia 6 de dezembro como nova data para o primeiro turno das eleições, mas o martelo ainda não está batido. O dia 15 de novembro surge como uma possibilidade viável. A única certeza que parece existir no momento é a realização das eleições ainda neste ano.
A maioria dos senadores não considera viável prorrogar o mandato de prefeitos e vereadores, o que ocorreria se o pleito municipal ficasse para o ano que vem, ou até mesmo para 2022, coincidindo com as eleições estaduais e nacionais.
Pereira diz que não há votos para adiar as eleições
O primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcos Pereira (Republicanos-SP), defendeu nesta sexta-feira (19), durante a live JR, a manutenção das datas previstas para a realização das eleições municipais deste ano em função da pandemia do novo coronavírus.
"Não existem evidências que comprovem que postergar as eleições em 40 dias vai mudar a situação. Os grandes especialistas não sabem como vai estar a situação da pandemia daqui a 40 ou 60 dias, quiçá daqui a 90 ou 120 dias”, afirmou o deputado aos jornalistas Celso Freitas, Eduardo Ribeiro e Thiago Nolasco.
Por se tratar de uma PEC (Propostas de Emenda à Constituição), o adiamento das eleições só acontecerá caso exista 49 votos favoráveis à mudança no Senado e 308 na Câmara. De acordo com Pereira, ainda não há consenso para aprovação do texto entre os partidos, apesar do parecer favorável dos presidentes da Câmara e do Senado.
"Na Câmara, nós não temos votos ainda. O presidente Rodrigo Maia sabe disso e informou ao ministro Barroso que existe um pouco mais de dificuldade. Eu conversei com o presidente de cinco partidos grande e todos eles são contrários ao adiamento. Eles disseram que as bancadas têm ampla maioria para manter as eleições nas datas já conhecidas", afirmou o Republicano.
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Jun/20 |
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O senador baiano Jaques Wagner (PT) afirmou que recebeu com surpresa a decisão de bloqueio parcial de valores e de seus bens pela Justiça nesta sexta-feira (19). A decisão judicial se insere no âmbito da Operação Lava Jato, em uma ação que investiga a doação ilegal de R$ 3,5 milhões, da Odebrecht, por intermédio da cervejaria Petrópolis, para a campanha eleitoral do Partido dos Trabalhadores de 2014 (veja aqui).
Por meio de nota, o senador alegou que é de causar “estranheza o fato de o processo, que estava mantido sob sigilo, tenha sido divulgado antes de ouvir o maior interessado”, sobretudo em uma matéria cuja decisão, segundo Wagner, já havia sido “revista pelo próprio magistrado que, de ofício, determinou o desbloqueio da quase totalidade da quantia em seu nome”.
“Trata-se de matéria requentada, uma vez que processo criminal sobre o tema já foi arquivado e o eleitoral segue em curso. Mesmo assim, determinaram um bloqueio de valores fruto de um processo ajuizado há seis meses sobre supostos fatos de seis anos atrás”, afirma.
“Vivemos tempos estranhos no Brasil, em que processos são mantidos sob sigilo até das partes, mas divulgados para causar confusão na opinião pública”, continua o senador.
Wagner afirma ainda que “a decisão será objeto de recurso” e ele “permanecerá, como sempre esteve, à disposição para os esclarecimentos que forem necessários”.
Rubens Ferraz Carianha, de 49 anos, foi o 10º paciente a receber alta médica do Pronto Atendimento Coronavírus, no Hospital Municipal Eurico Dutra, curado da Covid-19 na manhã desta sexta-feira (19), em Barreiras. O paciente que deu entrada no sábado (13) com um quadro de dispneia e tosse, apresentava oito dias de sintomas respiratórios e febre, testado positivo para o novo coronavírus.
Após suporte clínico orientado por protocolos vigentes na Unidade de Saúde, o paciente teve melhora clínica recebendo alta em bom estado geral e com ausência de sintomas há três dias, sendo portanto, considerado curado para a doença. Acompanhado da equipe médica do P. A. Coronavírus, Rubens Ferraz agradeceu o cuidado e chama atenção da população para a empatia e a solidariedade com o próximo, sentimentos essenciais nesse período de pandemia.
“Quero agradecer essa equipe que me recebeu com muito cuidado, foi a maior atenção que já tive na vida e graças a Deus já estou recuperado. Infelizmente, em nossa cidade está tendo muita discriminação sobre essa doença, inclusive fui impedido no primeiro momento de entrar no meu apartamento, devido o preconceito. Muitas pessoas irão adquirir essa doença, esse é um momento de solidariedade e não de preconceito”, relatou Rubens.
De acordo com o secretário de saúde de Barreiras, Anderson Vian, o Pronto Atendimento Coronavírus é referência no cuidado e tratamento de pacientes da região Oeste acometidos da Covid-19, e toda população deve também ter a postura de cuidado e prevenção frente ao novo vírus. “Estamos vivenciando de perto as consequências dessa pandemia que ainda se alastra com muita força. Graças a Deus recebemos mais essa boa notícia de cura, aqui no Hospital Municipal Eurico Dutra contamos com atuação de uma equipe multiprofissional que realiza um trabalho direcionado para pacientes acometidos dessa doença, mas a proteção individual também deve acontecer, por isso, reforçamos o pedido à população que se possível fique em casa, caso precise sair, utilizem máscaras, higienize as mãos com água e sabão e sempre que possível faça uso de álcool gel”, pontuou Anderson Vian.
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Dr. Charlton Barros explica o que é o feita a seleção de sêmen no Laboratório Carlos Chagas |
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A Secretaria de Saúde de Barreiras comunica a população que na tarde desta sexta-feira, 19, parte do sistema elétrico do Hospital da Mulher, também conhecido pela população como Maternidade Municipal, passará por manutenção. Com isso, haverá a interrupção do fornecimento de energia pelo período de duas horas, das 14h às 16h para substituição do padrão.
Segundo a diretora administrativa do Hospital da Mulher, Regiane Ribeiro, os atendimentos não serão interrompidos, passarão pela triagem e caso haja necessidade, a paciente será encaminhada ao Hospital do Oeste – HO. “Adequaremos às demandas de hoje conforme a necessidade das pacientes, será uma interrupção curta para melhorar a qualidade da estrutura de atendimento do Hospital da Mulher. Contamos com a compreensão da comunidade”, destacou a diretora.
Na tarde desta sexta-feira, 19, por volta das 15h, um incêndio em alguns lotes próximos da Rua Hermantino Vieira de Souza, no bairro Bandeirantes, em Barreiras, foi debelado pelos bombeiros.
O fogo causou perigo para algumas residências próximas e muita fumaça e fuligens.
"Todos os anos a mesma coisa. O proprietário não limpa os lotes e vêm os incêndios. Não sei se colocaram fogo ou se foi acidental. Quem sofre são os moradores, principalmente as donas de casa. Eu tinha acabado de limpar minha casa", desabafou uma moradora.
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Foi identificado nesta sexta-feira, 19, o corpo do homem encontrado nas águas do Rio Grande, em Barreiras, ontem, conforme matéria publicada AQUI no Blog do Sigi Vilares.
Trata-se do barreirense Renilson Conceição da Cruz, 46 anos, morador do bairro Santa Luzia.
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O Brasil chegou a 1 milhão de casos de coronavírus na tarde desta sexta-feira (19), mostra um boletim extra do levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.
Veja os dados atualizados às 14h no boletim extra desta sexta-feira (19):
48.427 mortes
1.009.699 casos confirmados
O consórcio divulgou na quinta (18), às 20h, o 11º balanço, com os dados mais atualizados das secretarias estaduais naquele momento. Desde então, AC, CE, DF, GO, MT, MS, MG, PE, RN, RR, SP e TO divulgaram novos dados.
(Na quinta, 18, às 20h, o balanço indicou: 47.869 mortes, 1.204 em 24 horas; e 983.359 casos confirmados.)
Os dados foram obtidos após uma parceria inédita entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal.
O objetivo é que os brasileiros possam saber como está a evolução e o total de óbitos provocados pela Covid-19, além dos números consolidados de casos testados e com resultado positivo para o novo coronavírus.
Avanço mesmo com subnotificação
Mesmo que sejam números altos de casos e mortes, eles estão subnotificados. O Brasil ainda faz "brutalmente" menos testes para detectar a doença do que deveria: são tão poucos RT- PCR (exames laboratoriais ideais para diagnosticar a Covid-19) que o número de casos confirmados muitas vezes é secundário para cientistas que analisam a evolução da pandemia.
"O Brasil está testando brutalmente menos do que deveria. Na melhor das hipóteses, 20 vezes menos do que é considerado adequado", afirmou ao G1 Daniel Lahr, professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP).
O portal G1 ouviu especialistas de cada uma das regiões e traçou um panorama da situação nos diferentes cenários.
Norte
Região com a menor quantidade de leitos e que sofre com taxas altas de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), o Norte passou a apresentar uma curva descendente de notificações desde 10 de junho. A média de registros diários ficou em 5.611 casos na região, sendo que os municípios mais afetados têm perto de 250 confirmações por dia: Porto Velho (295), Parauapebas (269), Macapá (257), Manaus (236) e Belém (198).
Pedro Vasconcelos, professor da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, diz que é cedo para comemorar: as movimentações recentes para abertura do comércio tem feito a população "andar onde quer e como quer".
"Não dá ainda para afirmar que passou a pandemia. Há uma tendência de queda, mas não quer dizer que vá cair para sempre" - Pedro Vasconcelos, professor da UEPA e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
"Como os estágios de retorno de atividades econômicas estão favorecendo a presença das pessoas nas ruas, nos shoppings e em outros locais, isso pode trazer uma regressão da situação daqui a 1 a 2 semanas, com um aumento significativo de novos casos", aponta.
Marília Brasil, pesquisadora do núcleo de medicina tropical da Universidade Federal do Pará (UFPA) e infectologista especializada em saúde coletiva, explica que Belém, por exemplo, apresenta uma taxa de transmissão menor. Mas, quanto mais se observa o interior, maior está a contaminação do vírus.
"O Pará é muito irregular, ele é muito grande. Na capital, estamos mantendo uma taxa de transmissão abaixo de 1, mas na região metropolitana fica em 1,1. E mais próximo do interior nós temos 1,5. Tem áreas no Pará que a taxa de reprodução está muito alta", disse.
De acordo com a infectologista, a taxa de transmissão média pode mostrar uma tendência de queda ou de estabilização. Ela chama a atenção, no entanto, para regiões que ainda estão em ascensão, como a de Santarém, que precisam de um aumento das restrições.
Outro ponto importante levantado pro Vasconcelos é a forte presença indígena em toda a região Amazônica. Ele chama a atenção para o fato de os grupos viverem em comunidade e isso facilitar a transmissão. De acordo com dados desta quinta-feira, são mais de 6.352 indígenas contaminados no país, com um foco no estado do Amazonas.
"Podemos ter um o background genético. Vimos casos de pessoas de uma mesma família, e várias morrerem. Isso é preciso estudar e demanda tempo. Não é uma coisa para fazer da noite pro dia, precisamos de estudos virológicos e também da área da da genética. Mas eu acho que há uma questão da origem constitucional genética no Norte e que a gente ainda não sabe. Aqui, diferente de outras regiões, o componente indígena no sangue das pessoas é muito forte", disse.
Nordeste
Ricardo Lustosa, professor do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA), explica que, com a estação em que há maior incidência de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Nordeste, o temor é que a população se torne mais vulnerável ao coronavírus.
"É um período que deve ser visto com preocupação, porque temos uma parcela maior da população que tem o sistema respiratório fragilizado e pode ficar mais suscetível", avalia.
"Se concomitante à Covid o cidadão estiver com sistema imune e respiratório em déficit, por SRAG, o corpo terá mais desafios, maior dificuldade de combater o vírus, podendo ampliar a procura e a necessidade de internações e [resultar em] sobrecarga do sistema de saúde, bem como das UTIs", lembra.
Centro-Oeste
No caminho contrário, o Centro-Oeste do país está com a curva de casos crescendo. Em 14 de junho, a média dos casos confirmados ficou em 1.630. Nesta quinta-feira (18), foram 2.482 casos no Centro-Oeste do país. Brasília é a cidade mais afetada, com 1.145 confirmações em média. Depois: Goiânia (225), Rio Verde (236) Dourados (89) e Cuiabá (79).
De acordo com Marcelo Gomes, do monitoramento do dados da Fundação Oswaldo Cruz, o Infogripe, a região tem um ciclo das doenças respiratórias diferente de outros lugares do Brasil. "Ela acaba ficando no meio do caminho. Quando tem um surto forte no começo do ano na regional norte, isso muitas vezes também acaba fazendo com que o padrão da regional centro também seja mais cedo", explica Gomes.
"Quando a gente tem o volume mais forte no Sul – que é o mais comum – mas não teve essa introdução antecipada pelo Norte, aí a regional centro acaba sendo influenciada pela regional sul, então o pico é mais para o meio do ano", acrescenta o coordenador do InfoGripe.
José David Urbaéz é diretor-científico da Sociedade Brasileira de Infectologia no Distrito Federal. A situação está se agravando agora, segundo ele, porque ocorreu um relaxamento nas normas de isolamento social há cerca de 2 semanas, no início de junho.
“Coincidentemente, Brasília e Goiânia tiveram uma política de isolamento social bem precoce. Brasília fechou as escolas em março e Goiânia teve uma política de fechamento logo na primeira semana dos casos”.
O infectologista lembra que a região tem uma circulação de voos maior na capital federal, o que influenciou uma taxa maior de infecção na capital federal. Com o relaxamento, agora é a hora de chegar ao interior e ampliar o que já havia chegado à periferia.
“Desde o início de junho, algumas coisas que foram abertas em toda a região Centro-Oeste. Goiás abriu um pouco antes, na segunda quinzena de maio”.
“E aqui em Brasília já temos o deslocamento dos casos para as áreas mais periféricas, como em São Paulo. Inicialmente, você tinha muitos casos no plano piloto. Agora, chegou à Ceilândia, Estrutural, Samambaia, que são as regiões da cidade que tem mais casos e mais óbitos. O vírus entra pelas áreas de classe alta, porque a nossa epidemia foi importada, e enquanto tem o isolamento horizontal você interrompe. Mas a massa que se movimenta para as regiões centrais continua transmitindo”, completou.
Sudeste
O Sudeste recebeu os primeiros casos da pandemia, em março deste ano. A cidade de São Paulo foi a mais afetada e também contribuiu por disseminar o vírus para o resto do país. De acordo com pesquisadores que analisaram 427 sequências genética no país, foram mais de 100 entradas do Sars CoV-2 no território inicialmente, pelo menos, principalmente por terras e aeroportos paulistanos.
Desde 16 de junho, a região está em um aparente platô - uma estabilização da curva, sem uma queda ou uma alta nos registros da doença. A média dos últimos 7 dias está em 7.887 casos confirmados.
A cidade de São Paulo continua com a média mais elevada por dia (2.208), seguida pelo Rio de Janeiro (891). Os outros 3 municípios mais afetados têm perto de 184 confirmações diárias: Santos (202), Vila Velha (180) e Vitória (171).
Paulo Lotufo, epidemiologista da Faculdade de Medicina da USP, avalia que é difícil fazer previsões para o estado de São Paulo. Na capital, por exemplo, há de fato esta estabilização (platô), mas a abertura econômica deve facilitar o aumento de casos - mesma previsão feita pelos especialistas também para a região Norte.
"O platô existe, e a tendência em São Paulo seria de diminuir, mas não é possível afirmar nada. Uma questão que existe é que a capital é muito dinâmica - São Paulo é o maior centro comercial da América do Sul. A quantidade de sacoleiros que vêm comprar coisas no Brás, na 25 de março, é imensa - e eles são de outros lugares", lembra.
"Existem dois fenômenos ocorrendo ao mesmo tempo: o espalhamento para o interior do estado e o outro é o relaxamento fora da hora, que vai aumentar o número de casos", destaca.
Outro fator que torna as próximas semanas incertas é a cobertura vacinal para os vírus Influenza, assim como a efetividade da vacina, que muda todo ano, explica o epidemiologista.
Conforme as séries históricas da Fiocruz, o estado vive agora a época de maior circulação dos vírus respiratórios, que deve durar até o início de agosto. Mas esse padrão não necessariamente vai se manter para o Sars-CoV-2.
"Estamos conhecendo o coronavírus agora, não sabemos o comportamento dele. O Ministério da Saúde falava como se fosse a mesma circulação da gripe, e não é exatamente isso", pondera Lotufo.
Sul
A infectologista Lessandra Michelin, professora da Universidade de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, afirma que ainda há dúvidas sobre os próximos meses para a região.
"Há duas correntes – uma achando que passou o pico de SRAG e outra que estima que isso ainda possa acontecer. O nosso momento de viroses respiratórias é agora, independente do coronavírus. Já é sazonal", explica.
Segundo as séries históricas da Fiocruz, a época de maior incidência de SRAG na região Sul segue o mesmo padrão de São Paulo e Minas Gerais (começa no fim de maio e termina no início de agosto).
Michelin explica que, com as medidas de restrição, adotadas em março, a população do Sul demorou a ser exposta ao vírus. Depois da primeiras aberturas, a partir da segunda quinzena de maio, os casos aumentaram.
Os inquéritos sorológicos (pesquisas feitas para descobrir quem foi exposto ao vírus conforme os anticorpos produzidos pelo corpo) já atestam o crescimento, afirma a médica. O receio, agora, é com uma possível sobrecarga do sistema de saúde, principalmente o público.
"Com algumas exceções, é principalmente o sistema público que está mais sobrecarregado. O sistema de saúde suplementar tem notado um aumento, mas não é tão significativo. A gente tem receio que o SUS seja muito sobrecarregado", diz.
"Se aumentar o número de casos e sobrecarregar o sistema de saúde, a gente inevitavelmente vai para um lockdown de novo, e a gente não quer isso".
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