Nesta última semana, o Ministério da Agricultura divulgou o resultado do Estudo de Avaliação da Eficiência Vacinal Contra Febre Aftosa, realizado em todos os estados do Brasil com reconhecimento internacional de livre da enfermidade com vacinação. Na Bahia a cobertura imunitária do rebanho ficou entre 80 e 90 %, bem superior ao último estudo realizado em 2010, quando apontou a eficiência abaixo de 80%. 

O estudo busca estimar a cobertura imunitária da população bovina que recebeu a vacina contra a Aftosa, avaliando todos os estados do Brasil com reconhecimento da Organização de Saúde Animal (OIE) até maio de 2014. A população estudada foi bovinos entre 6 e 24 meses de idade, por serem mais susceptíveis para a febre aftosa. 

A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) realizou dois Inquéritos Sorológicos em 2014, um para avaliar a eficiência da vacinação e outro para avaliar a circulação viral. A Bahia ficou à frente de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e região de fronteira do Paraná, que apresentaram o índice menor que 80%. Já o estudo da Circulação Viral será divulgado no segundo semestre de 2015. 

O coordenador do Programa de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa na Bahia, Antonio Lemos Maia Neto, informa que desde o resultado inferior em 2010, que estava na faixa de 73%, a ADAB vem trabalhando durante as campanhas junto ao produtor na conscientização de realizar as vacinações com maior critério e eficiência. “Buscando sempre a melhor conservação da vacina e aplicação na dose correta (5 ml para qualquer faixa etária) e, principalmente, vacinando com efetividade os animais mais jovens”, diz o coordenador.

Para o diretor de defesa sanitária animal Rui Leal, neste estudo de 2014 os produtores responderam positivamente às campanhas de vacinação do Estado. “Todos estão de parabéns, nossos servidores, técnicos, gestores e produtores, pois vale ressaltar que esta é uma ação de responsabilidade compartilhada, que possibilita manter o status de livre de aftosa com vacinação com reconhecimento internacional”.

Mas o diretor geral Oziel Oliveira acrescenta que ainda temos muito por fazer para que nos próximos estudos possamos figurar entre os Estados com melhor resultado na eficiência vacinal, superior a 90%. “Isso nos dará uma segurança maior frente a uma possível reintrodução do vírus em nosso território. Este é nosso objetivo para com a sanidade animal”, finaliza Oziel.