Em meio à polêmica sobre a candidatura da ex-primeira-dama da Bahia Aline Peixoto ao Tribuna de Contas dos Municípios (TCM), o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), foi questionado nesta segunda-feira (20), em coletiva de imprensa durante o Carnaval do Campo Grande, se indicaria a esposa, a enfermeira Rebeca Cardoso, para o mesmo cargo. O gestor municipal, que apoia a candidatura do ex-deputado Tom Araújo (União) ao posto, evitou uma resposta direta.

Assim como Aline, Rebeca também é enfermeira. “Quando me elegi prefeito, ela (a primeira-dama de Salvador) foi estudar medicina. Não ocupa um cargo público e, com fé em Deus, não vai precisar ocupar. Ela vai ser uma profissional autônoma e independente. Com fé em Deus também meus quatro filhos irão seguir outra profissão. Não tenho irmão, ninguém na administração pública. Defendo isso lá em casa. Se alguém lá na frente tiver vocação, aptidão para isso e houver oportunidade, aí sim. Mas exemplo que dou na minha casa outro, que possam seguir um caminho diferente do meu”, afirmou Bruno Reis.

O prefeito voltou a defender a candidatura de Tom. “A Assembleia não pode abrir mão da prerrogativa de indicar o ex-deputado, com vínculo com a Casa, que cumpre todos os pré-requisitos para o tribunal. Essa vaga é da Assembleia”, ressaltou.

Bruno Reis confirmou ainda que participou das articulações para a definição da candidatura de Tom Araújo. Ele contou que o ex-deputado federal Marcelo Nilo (Republicanos), preterido da disputa, terá a oportunidade de disputar uma cadeira em um dos tribunais de contas no futuro.