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Fev/23 |
STJ instaura novos inquéritos ligados à Faroeste e produz mais tensão sobre desembargadores baianos |
Desembargadora Lígia Maria Ramos da Cunha Lima
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) instaurou uma série de novos inquéritos baseados em desdobramentos da Operação Faroeste sobre o esquema de venda de sentenças no Judiciário baiano.
Embora a ofensiva paralela deflagrada recentemente pelo Ministério Público Federal (MPF) esteja em sigilo, as investigações têm como alvos principais magistrados e suspeitos de pagar propina em troca de decisões judiciais favoráveis que não possuem ligação direta com o esquema desarticulado pela Faroeste.
O cerco simultâneo foi revelado pelo relator da operação no STJ, ministro Og Fernandes, ao defender o afastamento das desembargadoras envolvidas no esquema por mais um ano. Em acórdão publicado ontem pelo STJ, o relator da Faroeste destaca que “novos inquéritos foram instaurados e remetidos à livre distribuição entre os membros desta Corte” e que eles podem dar origem a futuras ações penais.
Og Fernandes já tinha votado pelo afastamento de cinco magistradas por mais um ano, com base em parecer do Ministério Público Federal. Entre elas está a desembargadora Lígia Maria Ramos da Cunha Lima.