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Out/12 |
Rebelião no complexo policial de Barreiras termina com três presos mortos |
A movimentação do lado de fora do complexo policial.
Corpo de Bombeiros e SAMU.
Os corpos dos detentos mortos eram retirados das celas e levados para o IML do próprio complexo policial.
Os presos mortos na rebelião.
Uma rebelião de grande proporção agitou as autoridades policiais e judiciárias da cidade de Barreiras no início da tarde desta segunda-feira, 22.
Por volta de 13h20, os presos se rebelaram e começaram a botar fogo nos colchões e lençóis das carceragens e a tentarem invadir as celas de desafetos no intuito de matá-los.
Na rebelião foram mortos os irmãos Cleosmário Lucas da Conceição (Cléo), e Osmário Lucas da Conceição (Pojó) e um terceiro preso identificado como Fabiano Pereira dos Santos.
Romário Lucas Conceição (Girim), irmão dos outros dois detentos mortos, também ficou ferido e precisou ser atendido pelos médicos do SAMU.
A polícia civil informou ainda que os detentos Anderson Wesley de Oliveira, Jonas Fernandes da Silva, Elisvelton dos Santos, Amilton Gomes dos Santos, Claudinei José da Silva, Walas Paes dos Santos, Lucielton de Jesus Santos, Elimar Alves de Souza Gomes e Nelson Alves dos Santos também foram feridos na rebelião.
O SAMU atendeu todos eles nas dependências do complexo policial. O corpo de bombeiros também no local.
Os promotores Ernesto Medeiros e Sinval Vilas Boas foram convidados a ajudarem nas negociações que contaram ainda com o apoio de policiais militares da CETO (Companhia de Emprego Tático Operacional), além da própria polícia civil.
No final da tarde os presos rebelados aceitaram encerrar o motim e a polícia militar pôde entrar nas celas e realizar um pente fino.
A polícia civil, por determinação do delegado regional José Resende, abriu imediatamente inquérito policial para investigar a participação de cada detento na rebelião e identificar os autores das mortes dos dois presos.
Duas prováveis causas são apontadas como o motivo da rebelião: O fato dos presos fracassarem na última tentativa de fuga, ocorrida no último sábado, 20, e a linha dura implantada pelo delegado José Resende que transformou o complexo policial em uma unidade de segurança bem mais segura, evitando as fugas que eram corriqueiras.
A polícia civil de Barreiras também não descarta a possibilidade dos líderes do motim serem transferidos para um presídio em Salvador.
As visitas que já estavam suspensas por conta da última tentativa de fuga, não tem data para voltar a acontecer.