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08
Mai/19

Motorista que matou atropelado dois irmãos é condenado após quatro anos em LEM



Edivanei Gonsalves Lopes apontado como ou autor do atropelamento que matou dois irmãos, sendo eles Gustavo Gomes dos Santos, de 4 anos e Paula Gomes dos Santos, de 7 anos, ele foi a julgamento, aproximadamente quatro anos após o acidente e foi condenado ontem terça-feira (07), no Fórum da Comarca em Luís Eduardo Magalhães.

O julgamento deu início pouco depois das 9h, e a sala de audiência lotou com a presença de alunos do curso de direito, advogados, empresários, amigos e familiares tanto dos advogados, da família das vítimas, e do acusado. O julgamento foi presidido pelo juiz de direito Dr. Claudemir da Silva Pereira que juntamente com o promotor representando o Ministério Público Dr. Bruno Pinto e Silva, e o advogado criminalista e de defesa do réu Dr. Eder Fior ouviram oito testemunhas. O primeiro a falar foi um mecânico conhecido do réu que informou aos presentes que assim que ocorreu o acidente ele deixou o local para ir pedir ajuda e não se lembra o momento em que retornou. Questionado pelo promotor ele ainda falou que não havia iluminação na Rua e que não havia pavimentação asfáltica. Para ele Edivanei sempre foi uma boa pessoa. Logo depois o pai das crianças também foi ouvido e informou que ficou sabendo por terceiros do acidente e encontrou um dos seus filhos com a cabeça sangrando, ele ainda falou que perdoava o motorista e que a justiça iria fazer a sua parte. Uma moradora da Rua Tancredo Neves, no bairro Mimoso II, local aonde ocorreu o acidente em seu depoimento ela teria visto uma das crianças serem arremessada em uma certa altura durante o atropelamento que ainda matou um cachorro e atingiu um fusca. Um empresário da rua aonde ocorreu o crime e uma ex-empresária que tinha um comércio em frente ao bar em que o réu bebia no dia do acidente também falaram perante o juiz o horário em que seus comércios funcionavam frequência da presença do réu no bar onde ele bebia, etc... outras três testemunha um homem amigo próximo a Edivanei e família, um caminhoneiro que trabalhava para a família de Edivanei, e uma amiga de Edivanei falaram do bom filho que ele é, bom pai, bom esposo, ótimo motorista, e que a morte dos seus pais um casal de idosos que foram executados a tiros também teria lhe abalado.





Cada um pode responder os questionamentos feitos tanto pelo promotor quanto pelo advogado de defesa de como ocorreu o acidente, se a Rua estava escura, velocidade em que o réu conduzia o veículo, se as crianças estavam no meio da Rua, tempo em que o réu passou no bar bebendo, etc... O réu também falou o que tinha feito naquele dia além de ingerir uma pequena quantidade de bebida alcoólica com os amigos no bar ele teria ido trabalhar e no final da tarde retornou ao bar para pegar um dinheiro e ao ir embora em uma velocidade de aproximadamente 40 km/h teria se envolvido no acidente.

Após o almoço pouco depois das 13h, momento em que o julgamento retornou os jurados pediram pra ir ao local aonde ocorreu o acidente e o juiz Dr. Claudemir, juntamente com o advogado, e promotor foram ver de perto aonde tudo aconteceu. O advogado de acusação foi o primeiro a falar por aproximadamente uma hora e meia para convencer aos sete jurados sendo cinco mulheres e dois homens que o réu assumiu o risco de matar depois que ingeriu várias bebidas alcoólicas, vomitar no estabelecimento, pegar o veículo e sair em alta velocidade sem habilitação na época. O advogado ainda mostrou exemplos de colisão há 40 km/h e outras velocidades mais altas. Um vídeo em que o proprietário do bar foi filmado em juízo falando do que aconteceu naquele dia no bar também foi passado aos jurados.



Em seguida o advogado de defesa Dr. Eder Fior por aproximadamente uma hora e meia também tentou convencer os jurados falando quem era o Edivanei. Um homem trabalhador, honesto, pai de três crianças. Eder Fior fez duras críticas a perícia que não foi realizada nos veículos para saber a velocidade em que seu cliente estava dirigindo ao colidir com as crianças e o fusca, não fizeram teste do bafômetro para saber se realmente ele estava embriagado, e a gestão municipal também foi criticada pelo fato de não haver sinalização na Rua, nem pavimentação e, nem iluminação pública. Dr. Eder Fior mesmo entendendo a dor da família ele falou do cuidado que os pais não tiveram em não estarem cuidando dos filhos deixando eles brincarem no meio da Rua sozinhos e que seu cliente não previa que a frente havia as crianças brincando na Rua, pessoas empurrando um fusca e um cachorro atravessando. Eder ainda falou sobre o sistema prisional e falou aos jurados a refletirem sobre a condenação de um réu primário que iria ficar preso em um sistema que poderá voltar a sociedade como ladrão de banco, etc... já que a penitenciária não ressocializa ninguém. Alguns trechos bíblicos também foram citados em sua fala e ele pedia misericórdia aos jurados e que se fosse pra dar uma condenação ao réu que fosse uma condenação justa pelo que foi apresentado por ele.





Depois de quase 12 horas de julgamento o réu Edivanei Gonsalves Lopes ouviu do juiz Dr. Claudemir da Silva Pereira a sentença de 12 anos de reclusão no regime fechado pelos dois homicídios e mais seis meses em semiaberto por dirigir sem habilitação na época. Porém, ele vai responder em liberdade.

Fonte:Reportagem de Weslei Santos/Blog do Sigi Vilares
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