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Mar/18

10º Dia de Campo da Círculo Verde levou informações técnicas para 400 participantes

O 10º Dia de Campo da Círculo Verde, ocorreu nesta sexta-feira, 09 de março, em Luís Eduardo Magalhães reunindo cerca de 400 pessoas, entre produtores, engenheiros agrônomos, técnicos agrícolas, representantes de empresas de insumos agrícolas e demais pessoas ligadas ao agronegócio soja e milho. Os participantes obtiveram informações sobre assuntos de grande relevância nesta safra em nossa região. As mulheres foram homenageadas e presenteadas com uma rosa, em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres.

A primeira e mais esperada palestra da manhã, sobre Ferrugem x Resistência, foi ministrada pela engenheira agrônoma e reconhecida pesquisadora da Embrapa Soja, Drª Claudia Godoy. Na palestra, a Drª Cláudia comentou sobre os triazóis, estrobilurinas e carboxamidas que é a base dos fungicidas para o controle da ferrugem e, o cuidado que se deve ter com o uso destes produtos em relação a resistência dos fungos aos mesmos, pois, a soja é o principal hospedeiro da ferrugem, que pode causar dano de 80% na produtividade. Além dos fungicidas, “o vazio sanitário é a principal estratégia de controle da ferrugem e, também, a mais eficaz. A rotação de culturas também é essencial para o combate. Essas estratégias de manejo não eliminam a ferrugem, pois ela tem muitos hospedeiros além da soja, mas, faz com que a ferrugem chegue mais tarde na lavoura, podendo causar menores prejuízos. Assim, é possível diminuir custos, aplicações de fungicidas e também a possibilidade de resistência dos fungos”, explicou Godoy. A pesquisadora comentou ainda que a região oeste da Bahia está de parabéns e serve de modelo para outras regiões do Brasil, pois orienta os produtores e disponibiliza informações sobre o manejo correto da ferrugem e cria pontos de diálogo sobre o assunto, como este Dia de Campo.



“Para nós é muito importante participar de eventos como este para entender e observar assuntos relativos aos problemas que enfrentamos na lavoura. A Drª Claudia Godoy trouxe também informações sobre a ferrugem no restante do país, fazendo com que possamos entender melhor o que dá certo e o que não tem resultados”, afirmaram os produtores Carlos Kogio e Janio Takasumi, da região de Roda Velha.

O evento contou com seis estações para que os grupos visitassem e dialogassem sobre temas, problemas e soluções comuns no dia a dia das lavouras, em especial da soja e milho.

Na primeira estação, o engenheiro agrônomo e consultor da Círculo Verde Marconde Ferraz falou sobre Capim amargoso, planta daninha que se adaptou muito bem a esta região, envolvendo um alto custo de controle e a perda de produtividade nas lavouras. Ferraz ressaltou a importância do manejo cultural, até mais do que o manejo químico. “Contra o capim amargoso é essencial fazer a limpeza das máquinas dentro e fora da fazenda, assim como das estradas, ter atenção na compra de sementes e realizar a capina destas plantas nos talhões”, afirmou. Nesta estação, o representante da DuPont, Cleiton Barbosa, apresentou um novo herbicida para controle do capim amargoso, o Verdict Max, que tem concentração superior a sua antiga versão (Verdict R), para facilitar na logística e armazenamento nas fazendas.



Na segunda estação, o Dr. Marco Antonio Tamai, professor da UNEB/Barreiras discorreu sobre os Ácaros na soja, que, segundo ele, é um problema emergente. O professor identificou e diferenciou os tipos de ácaros e explicou a alta taxa de crescimento dos mesmos em poucos dias, por isso a importância de monitorar a população das espécies desde o início da cultura. Além disso, Tamai comentou sobre pontos-chaves como, treinamento dos monitores na identificação, monitoramento da lavoura, rotação de acaricidas de diferentes modos de ação e “fechamento” da cultura no limpo, já que os ácaros podem passar de uma cultura à outra. Na mesma estação Leandro Yuan, representante da Bayer, apresentou resultados de trabalhos científicos para prevenir o desenvolvimento da resistência.

Na terceira estação, a gerente de pesquisa da Círculo Verde, Drª Mônica C. Martins, falou sobre o Mofo Branco, ressaltando a influência do clima nesta doença e a importância de diminuir o inóculo nas lavouras, já que a mesma é uma doença do sistema, tendo o algodão também como hospedeiro. Comentou que o manejo é um conjunto de medidas, sendo o químico apenas 1 dos itens e, nesse caso, mostrou os resultados de pesquisa com o uso de fungicidas obtidos na safra passada e os resultados parciais desta safra. Esses ensaios fazem parte dos “Ensaios Cooperativos” coordenados pela Embrapa e executados pela Círculo Verde na região oeste da Bahia. Além disso, ressaltou a importância de utilizar os intervalos de aplicação dos fungicidas, seja para qualquer doença, de acordo com a recomendação do fabricante. O representante da Basf, Benedito Lopes Ferraz Neto, apresentou o Spot SC, fungicida para o controle do mofo branco e resultados de pesquisa de outras regiões com este produto, alertando sobre seu posicionamento, dose e intervalo de aplicação. Ainda a nível de informação, Drª Mônica comentou que os resultados dos Ensaios Cooperativos estão em uma Circular Técnica, disponível gratuitamente para o produtor e demais interessados no site da Embrapa.



O tema da quarta estação foram os Nematoides, abordado pelo engenheiro agrônomo e consultor da Círculo Verde Celito Breda, que discorreu sobre técnicas para o manejo e prevenção, mostrando os resultados com o uso de produtos biológicos e químicos, plantas de cobertura na entressafra, cultivares tolerantes/resistentes ao longo de diversas safras obtidos no “Programa Estratégico de Manejo de Nematoides no Oeste da Bahia” coordenado pela Círculo Verde. Breda comentou que não existe um controle milagroso para o nematoide, mas, que boas práticas de manejo geram bons resultados. Alguns dos manejos utilizados na soja estão sendo testados na cultura do algodão, como abordou a engenheira agrônoma Aline Fabris. Nesta estação, Rodolfo Schiochet da FMC apresentou o produto Presence, um nematicida microbiológico utilizado no tratamento de sementes que possui múltiplos mecanismos de ação, agindo na raiz e criando uma barreira física e química, dificultando a orientação do nematoide e prejudicando o reconhecimento do hospedeiro.

Já na quinta estação a engenheira agrônoma da Círculo Verde Hannan Nunes abordou o uso de protetores (multissítios), expondo resultados de pesquisa com o uso destes produtos isolados e/ou em associação com outros fungicidas para o controle da ferrugem da soja. Emerson Cappellesso, representante da Syngenta, falou sobre o programa “Manejo Consciente”, vinculado a uma campanha nacional de uso correto de fungicidas na cultura de soja, abordando sobre o posicionamento correto do programa de fungicidas da Syngenta, que inclui os fungicidas Elatus e Cypress associados ao multissítios.

A sexta estação trouxe a apresentação do portfólio de 10 híbridos de milho e 56 cultivares de soja das empresas Agro Norte, Bayer, Brevant Sementes, FT Sementes, FBA/Embrapa, HO Sementes, J&H Sementes, Nidera, Oilema e Syngenta, que apresentaram as características dos materiais citando população de plantas, época de plantio, resistência/tolerância a doenças e nematoides, etc, além do posicionamento técnico destes para cada localidade.

Além das estações, o Laboratório “Alerta Ferrugem” representado pela Eng. Agrônoma Amanda Santana marcou presença, disponibilizando uma lupa e folhas com sintomas da ferrugem para que os participantes pudessem tirar suas dúvidas na identificação da doença. O laboratório é uma parceria da Círculo Verde, Sindicato dos Produtores Rurais de LEM e Adama, Basf, Bayer, Dupont, FMC, Ihara, Nufarm, Ouro Fino, Syngenta e UPL.

A John Deere esteve presente expondo tratores da sua linha e disponibilizando seus colaboradores para maiores informações.
A Círculo Verde agradece a todos os presentes, aos patrocinadores e apoiadores que colaboraram para o sucesso deste evento.

Fonte: ASCOM Círculo Verde Agência Immagine
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