Sigi Vilares e Sidnei Giachini

O programa do Sigi, na Rádio Mundial FM 91,3, entrevistou ontem, quinta-feira, 23, o ex-vereador Sidnei Giachini. Natural do Paraná, ele é morador de LEM há 24 anos e foi o primeiro corretor da cidade antes de chegar à câmara de vereadores onde exerceu o mandato por oito anos. "Eu entrei de cabeça erguida e saí de cabeça erguida, fiz o que um vereador tem que fazer que é legislar, fiscalizar, denunciar e fazer projeto, aliás importantes projetos”, disse ele.

O vereador parabenizou o programa do Sigi pela audiência e o trabalho realizado em manter o povo informado na política e nos assuntos policiais. O repórter Sigi Vilares perguntou ao ex-vereador o que teria atribuído a sua não reeleição, pois sempre foi um vereador atuante que denunciava, fiscalizava, porém não conseguiu renovar seu pleito nas urnas.  O vereador respondeu que a política é um jogo de xadrez, e o fato de seu candidato Júnior Aracruz ter renunciado acabou por comprometer sua jornada rumo a reeleição. “Infelizmente ele se acovardou. Eleição é para pessoas fortes e não fracas. Isso também me prejudicou e muito”, revelou ele que acrescentou: “Nós poderíamos formar 30 candidatos a vereadores, porém ficamos com 11, alguns tiveram problemas eleitorais, outros com eleições passadas e outros com outros problemas, aí acabou caindo mais três e ficamos só com onze”.  


Sigi Vilares

Com uma população de 50 mil eleitores fizemos um trabalho de ir até a população para alertar o que estava acontecendo. “Nós falávamos, olha o prefeito caiu, renunciou, mas nós vereadores não. Tiveram até amigos meus que falaram que se o prefeito caiu os vereadores também haviam caído.  Quando o candidato Junior do Aracruz covardemente renunciou, desanimou todo mundo e ninguém queria mais trabalhar, ficou aquele desânimo terrível aí você acaba perdendo com isso, que foi o meu caso”, disse Giachini que acrescentou: “Eu fui vereador oito anos, em 2008 eu fui o mais votado, em 2012 no segundo mandato tive 1243 votos, e fui também o vereador que mais perdeu votos 935, fiquei com pouco mais de 900 votos, aí a gente não trabalhou mais, não aplicamos mais, por simplesmente o nosso candidato não daria apoio nenhum”.
Na sua avaliação a falta de uma definição de apoiar ou não Oziel contribuiu para enfraquecer sua candidatura. “Não sei se esse foi mesmo o problema que perdi, as vezes não agradei todo mundo, mas tem que procurar na câmara o que mais tem projeto bons, temos denúncias contra o prefeito antigo e o presidente da câmara, provas que está tudo no ministério público arquivada aonde sabemos que nossa lei e lenta mais que uma hora isso seja desengavetada e nosso ministério público possa agir”.

Sigi Vilares questionou Sidnei Giachini se um candidato a prefeito que lança a pré-candidatura, oficializa a  candidatura aí quando pensa que não renúncia, você acha que de alguma forma é enganar o povo? Giachini foi taxativo em dizer que isso é enganar todo mundo. “Veja bem, o Junior do Aracruz  teve convite de ser vice de outras duas chapas, ele não decidiu. Ele é uma pessoa indecisa, que não sabe o que quer, fica em cima do muro e na política não pode, tem que ter decisão, você não pode ficar em cima do muro faz igual aquela história o cara estava em cima do muro do lado estava o céu e do outro o inferno, aí o do céu disse  venha pra cá e aí ele olha pro inferno e diz por que não me convida pra ir também, o diabo simplesmente responde não precisa, o muro é nosso e você tá em cima dele, quer dizer a pessoa tem que se decidir em tudo o que se faz principalmente na política acaba prejudicando a todos e aos vereadores que não tem suporte”, comentou.

Questionado pelo "Veio Venâncio" o que faz o candidato a desistir no meio do caminho a não concorrer mais a eleição? O ex-vereador respondeu: “Ao notar que ia mal nas pesquisas, ver que tá mal, imaginei agora perdi tudo poderia ser vice desse vice, daquele agora perdi tudo,  agora de uma vez por todas eu vou é para um lado por que eu sou empresário aí amanhã depois o prefeito ganha e ele vai me ajudar aí o que aconteceu o que ele apoiou perdeu”, avaliou.


Sidnei Giachini

Naquela ocasião Giachini teve que tomar uma decisão. “Fiz uma reunião lá em casa com os 11 vereadores, acertamos, aí falamos vamos todo mundo para o lado de Oziel, aí chegou Junior fez uma reunião e chamou sete foram pro lado deles e eu e mais três fomos pro lado de Oziel. Apoiamos o nosso prefeito que acabou ganhando e ele foi apoiar Junior Marabá que acabou perdendo e até hoje nunca provou quantos votos tem na urna”.

Sigi Vilares questionou ainda o ex-vereador como o Junior do Aracruz apoiou ao Junior Marabá.  “Mas, foi lá e subiu no palco igualmente Fabio Lauck também foi lá e subiu no palco demonstrando apoio, mas o que foi feio mesmo foi a desistência de Wherter Brandão”. De acordo com Sidnei todas as desistência foram feitas, pois se qualquer um continuasse e tivesse 5% dos votos e perdesse, pelo menos eles sairiam de cabeça erguida e era oposição. Ainda segundo Giachini, esses que renunciaram o seu futuro político pode estar comprometido, pois ninguém do partido e eleitores não vão mais confiar em outra eleição. “Vão lá e renúncia de novo e aí quem é que vai ter coragem, uma pessoa que desistiu eu não vou ter coragem, politicamente esses já estão fora”, ressaltou.

Sigi Vilares ainda questionou se não teria sido o apoio de Werther que prejudicou Junior Marabá,  Giachini disse que não pois 90% dos votos de Fábio foi pro Maraba e 85% do Wherter também foi pro Junior Marabá e que a desistência de Fábio teria prejudicado Junior e não a união de Werther.  Ainda questionado pelo "Veio Venâncio" se ele conversava com Oziel e Jusmari, Sidnei falou que sim, quando precisasse, e que Oziel está com um grupo bom em frente à administração da cidade e tem tudo pra fazer uma boa administração, pois o prefeito pretende ficar firme na política. “Ele com certeza não vai querer errar, pois também tem a esposa dele que quer ser candidata a deputada federal e ele quer se manter frente ao executivo".

Sigi Vilares questionou o ex-vereador sobre que seriam hoje os líderes políticos do município. Sidnei disse que líder político hoje é Oziel e o Júnior Marabá. Mas ele ainda destacou um terceiro líder: “Humberto Santa Cruz também é um líder, apesar dele ter tomado decisões erradas”, finalizou ele.

Entrevistado de hoje - Marcelo Rufino Agobar, presidente do SINSERPLEM (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de LEM) que anunciou hoje de manhã a primeira greve da categoria no ano.