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Out/16

Tiago Henrique é absolvido por assassinato da moradora de São Desidério em Goiânia


Jacqueline Sousa Ferreira de Jesus foi a única testemunha ouvida na sessão

O vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, 28 anos, apontado com seria killer, foi absolvido nesta quarta-feira (26) da morte de Edimila Ferreira Borges, de 18 anos, que aconteceu em uma praça do Setor João Braz, em Goiânia. Essa é a primeira vez que o jovem é inocentado de um crime. Ele responde a mais de 30 homicídios e já foi condenado por 17 assassinatos.

A única testemunha presencial da morte de Edimila não reconheceu Tiago como sendo o autor do crime. Em entrevista ao G1, a prima da vítima, que na época tinha 11 anos e também foi ferida de raspão no ombro pelo criminoso, afirma que o suspeito tinha outras características físicas.

“O homem que abordou a gente era diferente do Tiago. A pessoa tirou o capacete e eu não fiquei encarando ele, fiquei olhando mais para a região da boca. O tamanho da boca do Tiago é menor, o pescoço é diferente, o jeito de andar" disse a adolescente, que atualmente tem 14 anos.

Edimila foi morta no dia 19 de agosto de 2013, em Goiânia. Ela estava sentada em um banco de uma praça do Setor João Vaz junto com a prima, quando um homem em uma motocicleta parou, atirou e fugiu. A jovem, que morava na Bahia, passava férias na capital goiana.

De acordo com a Polícia Militar, o suspeito teria parado o veículo e pedido que as garotas entregassem o celular. Porém, antes que elas pegassem os aparelhos, o rapaz disparou. Além de acertar a jovem de forma fatal, a bala ainda atingiu de raspão o ombro da prima.

Na sentença consta que, "no momento do debate o represente do Ministério Público requereu a absolvição do acusado, tendo em vista a ausência de provas suficientemente hábeis a comprovar a autoria delitiva imputada ao denunciado". Já a defesa sustentou que Tiago não cometeu o crime.


Edimila Ferreira Borges, 18, foi morta com um tiro em uma praça de Goiânia

 Um mês antes de ser enviado a júri popular, Tiago Henrique negou ter matado Edimilla. A negativa foi feita durante a audiência de instrução sobre o caso, em agosto de 2015. "Eu não tenho nada a ver com o caso e fui obrigado a confessar na delegacia", disse o vigilante.

Durante o processo, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu a impronúncia do réu, ou seja, que ele não fosse levado a júri popular. Porém, o juiz Jesseir Coelho de Alcântara entendeu ser necessário que fosse realizado o julgamento.

"O Ministério Público pediu a impronúncia do Tiago nesse caso. Porém, em se tratando de júri popular, quando se tem alguma dúvida, deve-se beneficiar a sociedade. Assim, ele vai a julgamento e os jurados decidem se ele é absolvido ou não", explicou o magistrado na sessão desta manhã.

A defesa do vigilante pediu durante o julgamento que, diante de tantas dúvidas, Tiago fosse absolvido. “Esse julgamento é diferente dos demais, porque temos uma testemunha visual do fato, que era a prima da vítima. Ela não reconheceu o Tiago como autor do crime. Foi solicitado a balística, mas no local do crime não foi encontrado nenhum projétil que pudesse ser usado na análise", disse o defensor público Jaime Rosa Borges Júnior.


Vigilante apontado como serial killer já foi condenado a mais de 400 anos de prisão

Condenações - Preso desde outubro de 2014, Tiago Henrique ficou conhecido como o serial killer de Goiânia por ser apontado como responsável por mais de 30 assassinatos. No último dia 18 de outubro, ele teve sua 17ª condenação por homicídio.

O vigilante também já foi condenado pela Justiça a 12 anos e 4 meses de prisão em regime fechado por ter assaltado duas vezes a mesma agência lotérica do Setor Central, na capital goiana. Juntas, as penas de Tiago Henrique somam 403 anos e 10 meses de prisão.

Fonte:G1/Goiás e InfoSãoDesidério
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