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Mai/15

Padre Uilson de Mello: Do Pronome ao Titulo “Doutor”

Tal Pronome surgiu a partir de duas vertentes: A primeira associada ao “poder”, historicamente podemos lembrar os senhores feudais, os criadores de bois ou algumas pessoas representada socialmente, por exemplo: O Brasão, sobrenomes que tinham um peso social entres outros. A segunda, podemos a partir de um esforço lingüístico associar a Grécia Antiga, porém com grande ressalva. Já que na Grécia não existia Doutor, mais Sábio. Neste sentido, seria um assalto, e de similar modo, forçar por demais o termo, pois o Doutor está longe de ser associado ao Sábio Grego, já que o Sábio na Grécia Antiga era aquele que não gozava de autoridade concedida ou forçada, mas adquirida, pelo o longo caminho percorrido em busca da “Arete” (em português sabedoria). 

Com isso, o “Doutor” como costumeiramente chamamos no Brasil e em pais pobres ou em desenvolvimento, ele está associado por vias históricas políticas e econômica e não como herança grega. O “Doutor” ou o “Doctor” é um pronome “caro”, que nós por estas mesmas razões, que citei anteriormente perdemos o seu belo e nobre significado. Tal pronome, em muitos países europeus e também na África do Sul e Coréia é concedido a aquele e a aquela que após sua graduação direcionou sua linha de pesquisa, passou-se em torno de quatro a cinco anos estudando, e adquiriu o seu “Doctor”. Só para ilustramos. Em muitos países desenvolvidos no jaleco do médico só estará escrito Doutor se de fato ele fez doutorado e dissertou sua tese, caso ele seja apenas graduado em medicina está escrito simplesmente Médico ou especialista em Saúde. Tomo o médico como exemplo por ser mais corriqueiro mais isso vale também para o Engenheiro, Juiz, Promotor, Advogado entre tantos.

No ano de 2007, no Estado de Goiás, um delegado prendeu um homem salientado que sofreu desacato por não ser tratado como Doutor. Mas ele não era Douctor, ele era graduado em Direito e assumiria um cargo adquirido por meio de prova seletiva (concurso). Neste sentido, o Doutor não é um pronome de tratamento, mais um Título adquirido e não concedido. Quantos professores são Doutores e não são tratados como Doutores, por que por vias históricas o pronome “Doutor” era concedido como mencionei anteriormente a alguém “digno” deste pronome de tratamento, neste sentido, o professor mesmo sendo Doutor a histórica desconsiderou por inúmeras razões que poderia adentrar e refletir, mas prefiro deixar para outra ocasião.

Por Padre Uilson Mello
Filósofo Teólogo e Mestrando em Filosofia da Educação pela a UFP.

Fonte: Blog do Sigi Vilares/Colunistas
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