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03
Fev/15

Delegado de São Desidério, Carlos Ferro, divulga resultado da Operação Algodão Doce

Clovis Kardekis em dois momentos: Na cadeia do complexo policial e recebendo a escritura de sua residência nos EUA


Casa do acusado, no estado da FLÓRIDA (EUA)


Casa do acusado, localizada no Jardim Paraíso

Interior da casa do Jardim Paraíso


Nesta terça-feira, 3, foi encaminhado à justiça a remessa dos autos do Inquérito Policial, sob a presidência do delegado Carlos Ferro, titular da delegacia de polícia de São Desidério, e com o apoio do delegado Rivaldo Luz, delegado de Luís Eduardo Magalhães, concluindo assim as investigações da OPERAÇÃO “ALGODÃO DOCE”.

As investigações culminaram nas prisões de um empresário e de um ex-funcionário de uma empresa beneficiadora de algodão em plumas, localizada no distrito de Roda Velha, município de São Desidério, desbaratando assim, um esquema de desvio de cargas, que causam um prejuízo superior a R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais).

Segundo o delegado Carlos Ferro, “As investigações apontaram CLOVIS KARDEKIS PLÁCIDO, como sendo o operador do esquema de desvio de carga de pluma de algodão, até porque, abusando da confiança que a vítima lhe depositava. Diante da relação empregatícia, este liberava as cargas de pluma de algodão, do interior de uma beneficiadora de algodão localizada na zona rural do município, sem a emissão de notas fiscais”. 

Segundo consta, as cargas de plumas de algodão, avaliadas em R$ 90.000,00 (noventa mil reais) eram transportadas por caminhões até a divisa do estado da Bahia, onde recebiam notas fiscais fraudulentas ou simplesmente passavam para outro estado da federação, sem a devida arrecadação dos impostos fiscais. Em seguida, seguia viagem e abastecer, as empresas têxteis, principalmente, no estado de São Paulo.

Outro indiciada no crime, JOICE KARINE SEIBERT, companheira de CLOVIS KARDEKIS PLÁCIDO, que se encontra foragida (com prisão preventiva decretada), teve seus bens seqüestrados e bloqueados pela justiça, mediante representação do delegado, como forma de ser ressarcir a vítima dos prejuízos advindos com a prática delituosa.

As investigações apontaram que, com a venda do algodão em pluma, o casal adquiriu inúmeros bens moveis e imóveis dentro e fora da cidade de LEM, dentre os quais um veículo GM/S10, DE COR PRATA, ANO 2014, PLACA POLICIAL OZK-5260, CHASSI 9BG148MKOEC449293, um veículo GM/CRUZE, DE COR BRANCA, PLACA POLICIAL PJA-9700, E CHASSI 9BGPN68MOEB306829, além de um TERRENO, situado na Rua Vila Lobos, n. 1225, QD 70, LOTE 4, bairro Jardim Paraíso, na cidade de Luís Eduardo Magalhães, onde foi edificada uma CASA.

Objetivando ocultar e dissimular a natureza dos bens e valores provenientes da infração penal, CLOVIS KARDEKIS PLÁCIDO, teria realizado sucessivas remessas de dólares para o exterior, oportunidade em "lavou dinheiro" para adquiri uma uma casa no estado da FLÓRIDA, em um condomínio de alto padrão, em ORLANDO, avaliada em U$$ 412.000,00 (quatrocentos e doze mil dólares).

As investigações apontam ainda que o empresário de Luís Eduardo Magalhães, dono de uma transportadora, teria participação direta em apenas 09 (nove) dos furtos dos 37 (trinta e sete) furtos investigados até agora. Por oportuno, o empresário confessou na delegacia de polícia, ter recebido aproximadamente R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), com a venda da pluma de algodão, junto há empresas têxteis do Estado de São Paulo.

O advogado do empresário, peticionou um pedido de liberdade provisória na Comarca de São Desidério, tendo a Juíza de Direito, concedido a liberdade provisória ao empresário, que foi solto, após pagamente de fiança no valor de R$ 78.400,00 (setenta e oito mil reais). Dinheiro, que segundo o delegado, será ao final do processo convertido em favor da vítima, caso o empresário seja condenado, como forma de amenizar os prejuízos causados com a prática do crime. Algumas horas depois, após a comprovação do pagamento, o preso foi posto em liberdade.

"Em apenas 10 (dez) dias foram concluídas as investigações, obedecendo os prazos prescritos na lei processual penal", frisou o delegado. Foram imprescindíveis as atuações do Ministério Público e Judiciário, que atuaram rapidamente, dentro da mais restrita legalidade, durante o analise das representações formuladas, e brilhantemente de forma eficaz foram deferidas e cumpridas PRISÕES TEMPORÁRIAS, PRISÕES PREVENTIVAS, BUSCAS APREENSÕES, SEQUESTRO E BLOQUEIO DE BENS dos indiciados.

Por outro, após o analise dos documentos, e computadores apreendidos com os indiciados, a Polícia Civil diz ter identificado um golpe milionário, que estaria sendo perpetrado por grandes e pequenos produtores rurais, e que será objeto de outro inquérito policial, revelando traços marcantes e consistentes da existência e do modo de atuar, com vínculo regular e estável de um grupo de indivíduos com um único condão, o não recolhimento de ICMS, mediante a venda de pluma de algodão sem a emissão de notas fiscais, vindo a causar na população baiana, prejuízos incalculáveis, face o não recolhimento dos impostos tão necessários à SAÚDE, EDUCAÇÃO e SEGURANÇA PÚBLICA.

Fonte: Blog do Sigi Vilares com informações e fotos da Polícia Civil
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