Líder do chamado “blocão” de oposição que indicou três dos cinco membros da CPI da Covid na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, o deputado estadual Kelps Lima (Solidariedade) declarou, em conversa exclusiva a este Política Livre na manhã desta quinta-feira (29), que não há motivos para não convocar o governador Rui Costa (PT).

O parlamentar potiguar incluiu o chefe do Executivo baiano por ter presidido o Consórcio Nordeste no início de 2020, na mesma ocasião da compra malsucedida de respiradores para nove estados nordestinos. A transferência antecipada causou um prejuízo de quase R$ 5 milhões somente ao Rio Grande do Norte.

“Esse dinheiro foi literalmente roubado por pessoas. Alguém roubou esse dinheiro. Todos os investigados têm que prestar contas. Um deles é Rui Costa, presidente do Consórcio Nordeste”, disse Kelps, à reportagem.

Segundo ele, a CPI no RN irá se aprofundar “sem radicalismo e sem caça às bruxas”. “Não dá para não chamar as pessoas. Rui Costa é investigado no inquérito que corre no STJ. Não há motivos para não ser chamado. Ele não está sendo chamado na condição de governador, e sim como presidente do Consórcio Nordeste”.

“Aqui [no RN] com certeza eles [os chamamentos de convocação] serão aprovados. Não há perigo de não ser aprovado. Estamos determinados a isso. Ele [Rui] e outras figuras serão chamadas”, acrescentou.

Além de Rui, Kelps quer convocar Carlos Eduardo Gabas, secretário-executivo do Consórcio Nordeste, assim como os proprietários da empresa Hempcare, Cristiana Prestes Toledo e Luiz Henrique Ramos, além do empresário Paulo de Tarso, da Biogeoenergy.