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25
Fev/21

Luís Eduardo Magalhães vai ser referência de gestão para a Bahia

Prefeito Junior Marabá concede entrevista para o Caderno A Tarde Municípios e fala sobre seus projetos para LEM

Eleito prefeito de Luís Eduardo Magalhães pelo DEM com 59,29% dos votos, Júnior Marabá, de 30 anos, diz que o maior problema do município é a falta de infraestrutura. De acordo com ele, a riqueza advinda do campo não se reproduz na vida da cidade. Para ele, o desafio agora é diversificar a economia e reinventar o município.

Foi a segunda tentativa sua para se tornar prefeito de Luís Eduardo Magalhães. O que o motivou a brigar pelo município e que cidade você recebeu do seu antecessor?

Eu tomei a decisão de seguir essa trajetória política e concorrer novamente ao cargo de prefeito. Eu cresci aqui em Luís Eduardo, casei, tive meus filhos, meus filhos são luis-eduardenses. Então o meu motivo de estar na política é para criar uma condição de vida melhor para as nossas famílias. Para que a gente viva melhor na cidade em que a gente está. E infelizmente a nossa cidade, durante esses 20 anos, deixou muito a desejar. Todo mundo conhece as riquezas de Luís Eduardo. A riqueza de Luís Eduardo vem dos campos, e não da nossa área urbana, não do nosso dia a dia. Nós não encontramos essa riqueza quando a gente anda nas ruas da nossa cidade. O que a gente encontra nesses 20 anos é lama, sujeira, mato e desprezo. Então essa é a cidade em que nós vivemos com a nossa família, em que nós trabalhamos, produzimos. Então eu acredito que é um papel de todos se envolver na política e lutar para viver em uma cidade, em um lugar melhor. Eu sou da iniciativa privada, na verdade, minha família vem do comércio, eu já nasci no comércio, e a gente chegou aqui em 2002 para trabalhar. E eu acho que tem que ter inovação na política. Tem que ter pessoas que se preocupem com gestão. Hoje a minha preocupação como prefeito é com a gestão da cidade. É tomar as decisões e fazer o que ninguém ousou fazer em 20 anos. É cortar gasto público, tomar as decisões difíceis. Cortar os gastos é cortar da política e colocar a gestão à frente para que se consiga melhorar a cidade.

Luís Eduardo Magalhães é o 7º PIB da Bahia. O que pretende colocar como prioridade na cidade?

Eu falo que a gente tem que ser abençoado na cidade tanto quanto a gente é abençoado no campo. E nós somos aqui, representamos mais de 16% de toda a exportação baiana. Nós somos o município que está em 1º lugar com a exportação baiana, e a nossa produção aqui é significativa. Agora o que acontece, quando você vem para dentro da cidade e vê a realidade, fica muito a desejar. Em Luís Eduardo ainda existem bairros inteiros em que a gente precisa dar cobertura de saneamento básico, existem bairros aqui em que a gente está apenas na lama e sem infraestrutura nenhuma. Qual que é nosso plano de governo em relação a isso? Nós vamos entregar um bairro por vez. Primeiro entregaremos um bairro, quando terminarmos de urbanizar esse bairro, nós vamos para outro. Agora, em praticamente 40 dias de governo, nós já lançamos o programa Novo Centro, em que a gente vai revitalizar todo o centro da cidade. O recapeamento, pintura, semáforo, sinalização, revitalização da praça, iluminação, paisagismo. Ou seja, a gente vai urbanizar o Novo Centro da cidade inteira. Então esse é um programa que a gente precisou apenas de 30 dias para se organizar e lançar. Quando concluir o Novo Centro, nós vamos avançar para o Novo Mimoso, para o Novo Santa Cruz, para as Novas Acácias. Então a gente vai entregar todos os bairros da cidade. Nossa meta é em quatro anos entregar uma cidade urbanizada, onde a população tenha dignidade na porta de casa, tenha limpeza, onde a população possa ter uma praça, uma área verde para passear com a família, onde a gente tenha dignidade de vida. Onde desde os bairros simples até os bairros mais nobres sejam tratados da mesma forma. Humanizando essa história, criando uma menção a uma senhora que vai sair de sua casa e que vai poder ir numa igreja e que, quando sair da igreja, vai poder lanchar com sua neta em uma praça e voltar para casa. Sem ela ter que afundar o salto dela na lama ou no esgoto na porta da sua casa, sem ela ter o celular roubado no meio do caminho, que ela consiga ter dignidade e uma vida comum. Uma vida simples, mas uma vida com dignidade. É isso que a gente quer. É a simplicidade e uma vida com dignidade que o povo não tem. Luís Eduardo só tem essa fama de riqueza, mas essa riqueza para a população não chegou.

Como o senhor avalia a fase atual da pandemia e o impacto que ela está tendo aí sobre Luís Eduardo?

Então, Luís Eduardo é uma cidade atípica do restante da Bahia. Luís Eduardo é uma cidade jovem, de 20 anos de emancipação, e que tem uma população muito jovem. E o quadro está muito bem controlado. Então aqui a gente tem poucos casos, está bem controlada a situação. Tanto é que o governo do estado, quando foi decretado o toque de recolher, Luís Eduardo não entrou nesse requisito.

Preocupa o fim do auxílio emergencial?

Preocupa demais o fim do auxílio emergencial, sem dúvida nenhuma. Como eu menciono, às vezes essa riqueza do campo de Luís Eduardo não chega para todos. E o auxílio emergencial estava colaborando muito com as famílias mais carentes. E às vezes nós temos aqui as pessoas que nos visitam em momentos festivos, como no Bahia Farm Show, que é uma grande feira, mas que apenas conhecem a margem da BR, dos restaurantes, até a feira. Mas que não conhecem as extremidades dos bairros mais simples. Então nesses bairros nós temos uma população significativa com grande carência e necessidade em emprego e renda. Então não tenho dúvida nenhuma de que isso vai fazer uma grande falta. Agora, a gente está se preparando aí para lançar alguns programas que vão suprir essa necessidade.

Quais as áreas mais vulneráveis da administração que vão demandar um olhar mais atencioso do senhor?

Sem dúvida nenhuma, o nosso maior problema hoje é a falta de infraestrutura, é o que deixa a desejar em Luís Eduardo Magalhães. Então é o que tem de ter maior atenção aqui e planejamento. Então nós temos um grande problema em relação à falta de planejamento urbano, um crescimento desordenado, onde foi se abrindo loteamento e houve especulação imobiliária. Na verdade, um trato entre o poder público e o privado sem uma certa ética de gestão diante de algumas liberações aqui de loteamentos, e alguns desses loteamentos liberados em área de preservação ambiental. Com isso, causou essa falta de planejamento de drenagem na cidade, onde nós temos alguns pontos de alagamentos e que dependem do projeto de macrodrenagem. Essa questão é um dos maiores desafios, para que a gente tenha uma infraestrutura melhor, com pavimentação, calçadas, áreas verdes, e qualidade de vida para todos. Outro ponto importante é que Luís Eduardo é uma cidade com uma carência muito grande na saúde, e aqui a gente está distante da capital, está distante de Salvador. Então a gente acaba sofrendo muito. E os governos que nós tivemos no passado não criaram prevenção em saúde pública. O que cria um grande problema. Quando nós montamos o governo, iniciamos com todos os postos de saúde fechados, com a porta trancada, e infelizmente com uma demanda de saúde pública reprimida muito grande. Então tem sido um desafio enorme, mas nesse mês agora, antes de 60 dias, a gente vai conseguir concluir a abertura de todos os postos de saúde do município. Conseguimos montar um plantão da dengue, pois está tendo um surto em Barreiras e em outros municípios. Estamos buscando na saúde pública esse atendimento de início, para que no segundo momento a gente tenha a conclusão da construção do Hospital Municipal, que a gente consiga colocar para funcionar e tenha um atendimento em saúde básica com excelência. Então o primeiro ponto é infraestrutura e o segundo é saúde.

O ex-prefeito ACM Neto esteve em visita a Luís Eduardo, justamente na tentativa de levar um pouco da experiência dele em Salvador. Como foi esse encontro?

Foi um bom encontro, a gente teve aqui um bom debate de gestão pública, e nós aprendemos cada dia mais com todos que conversamos que são da área de gestão e que fazem com excelência. Então eu tive o privilégio de recebê-lo aqui em Luís Eduardo Magalhães, tivemos uma boa palestra, assim como também tive o privilégio de ser recebido pelo governador Rui Costa em Salvador, onde também tivemos um momento ali muito bacana, onde trocamos muitas ideias, onde eu aprendi muito. Eu sou novo na gestão pública, sou da iniciativa privada, mas quando se trata de gestão é muito importante ouvir a todos, ouvir todos os protagonistas políticos e que têm tido aprovação. Tanto ACM Neto quanto Rui Costa têm tido aprovação dos baianos em suas gestões em suas competências.

O ex-prefeito ACM Neto saiu fortalecido das urnas. Isso o gabarita para buscar o governo do estado em 2022?

Sem dúvida nenhuma é um nome que está em disputa, um nome que está sendo levado a essa discussão de candidato a governador, agora é uma questão de construção. Eu aqui estou muito pautado na nossa gestão, na nossa eficiência, para que a gente leve uma condição melhor para os luis-eduardenses. E esperar como vai ser o cenário político de 2022.

Luís Eduardo Magalhães vive da agricultura, mas está longe de avançar no processo industrial. O que fazer para modificar essa realidade?

Nós temos agora a possibilidade de usar todo o produto interno de Luís Eduardo para que possamos fazer a produção industrial. E aí, através de uma produção industrial, ter um segundo momento de grande crescimento na cidade. Quando a gente menciona que mais de 16% de toda a exportação baiana vem de Luís Eduardo, que estamos em primeiro colocado nessa posição, é sem dúvida nenhuma um motivo de riqueza para o município, mas também uma comprovação de que nós nunca conseguimos utilizar o nosso produto interno para se tornar produto industrial. Está na hora de a gente se preocupar e começar a fazer isso. Então eu estou trazendo um projeto inovador para Luís Eduardo, que cresceu através da agricultura, temos 20 anos, e querendo ou não a gente está na hora de ter um segundo momento de crescimento. Então a minha gestão será uma gestão inovadora, onde eu quero trazer esse segundo “boom” para Luís Eduardo. Vai ser através da agroindústria, temos aí um algodão que é um dos melhores do mundo, é comparado ao algodão egípcio, então a gente pode entrar na indústria têxtil, na área de tecelagem, esmagadoras, e tantas outras atividades aí voltadas à indústria de fiação, e outros produtos. Além disso, fomentar o comércio local, assim como a agricultura familiar. A agricultura familiar de Luís Eduardo nunca foi vista, e a gente tem como aqui usar da agricultura familiar, essas produções para abastecer Luís Eduardo, a região do oeste, subir o nordeste. Somos um centro de distribuição natural, nossa localização é privilegiada. A gente tem como usar Luís Eduardo como um grande polo de produção na agricultura familiar também. Então é isso, o desafio é diversificar a economia. Agroindústria, comércio, agricultura familiar, está na hora de reinventar Luís Eduardo.

Para finalizar, que mensagem o senhor deixa para a população?

Luís Eduardo Magalhães vai ser referência de gestão para a Bahia, para o Brasil e que o nosso governo vai dar certo.

Fonte:A Tarde
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